O Globo – Hospitais do estado adotam práticas sustentáveis que preservam o ambiente e reduzem gastos

RIO – Hospitais estaduais iniciam nesta semana ciclos de palestras, oficinas e o plantio de mudas para comemorar o Dia Mundial do Meio Ambiente, na próxima sexta-feira. O Hospital Adão Pereira Nunes é uma das unidades que mais se destaca na implantação de práticas sustentáveis na rede estadual de saúde. A comissão de sustentabilidade do hospital está à frente de uma série de ações e fez o descarte seguro de mais de uma tonelada em resíduos dos exames de radiologia, coletados por empresas especializadas. Com relação ao lixo comum, mais de duas toneladas são recolhidas mensalmente pela coleta seletiva. A iniciativa já rendeu uma redução de 5% nos gastos com dispensação de resíduos hospitalares.

A unidade também faz uma parceria com uma empresa de reciclagem para a coleta e a destinação adequada de óleo de fritura usado. Todo mês são cerca de 20 litros de óleo recolhido entre colaboradores e familiares de pacientes que é processado e transformado em sabão biodegradável.

— Todas as práticas têm como objetivo conscientizar colaboradores do hospital, pacientes e familiares, em como podemos ajudar a construir um futuro melhor para o planeta. Já podemos observar resultado no aumento da adesão das pessoas e no consequente crescimento no volume de arrecadações — destacou o presidente da Comissão de Sustentabilidade, Frederico Coltro.

Outras unidades da rede estadual também desenvolvem ações de responsabilidade social e ambiental. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Botafogo, a reutilização de papelão, caixa e vidro tem ajudado a Associação de Moradores do Dona Marta nos gastos com a energia elétrica. O material reciclável coletado na unidade é revertido em desconto na conta de luz. Já foram arrecadados mais de uma tonelada de material reciclável, rendendo uma diminuição de R$ 107 na conta da associação.

O Instituto Estadual do Cérebro e o Hospital estadual Anchieta aderiram à campanha mundial “Saúde sem Mercúrio”, e estão substituindo gradativamente lâmpadas, termômetros e outros aparelhos que contém o metal que é altamente tóxico.

Unidades da Baixada Fluminense, da Região dos Lagos e de São Gonçalo também aderiram ao uso racional da água. No Hospital estadual da Mulher, em São João de Meriti, a água da chuva é captada e reutilizada para regar plantas, entre outros serviços gerais. Além disso, um conjunto de medidas para redução de consumo de água, gás e luz, possibilitou um significativo abatimento no consumo na unidade, gerando uma economia de R$ 20 mil desde que foi implantado há três meses.

Em Araruama, o Hospital estadual Roberto Chabo reduziu as saídas de água nas torneiras e gerou uma economia de R$ 5 mil por mês. Já no Hospital estadual Alberto Torres, em São Gonçalo, a comissão de sustentabilidade e a equipe de manutenção da unidade realizam rondas rotineiras para reparar vazamentos. O corte no desperdício tem rendido uma diminuição de R$ 6 mil por mês na conta de água.

 

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