Você sabe cuidar dos seus rins?

Aproveitamos o Dia Mundial do Rim, lembrado na quinta-feira, 10/3, para compartilhar algumas dicas que ajudam a promoção da saúde e o pleno funcionamento dos seus rins.

Um em cada dez adultos sofre com problemas renais no mundo. Por aqui, no Brasil, mais de 140 mil pessoas precisam de diálise para seguir com suas vidas.

Ivellyn Pereira Nunes, nefrologista da Pró-Saúde que atua no Hospital Regional do Sudeste do Pará, em Marabá, alerta que a doença renal geralmente é silenciosa — costuma não apresentar sinais ou sintomas, sobretudo no começo.

Ela dificulta ou interrompe a capacidade dos rins de filtrar as impurezas do sangue, como resíduos, sais e líquidos.

Dependendo da gravidade do caso, é necessário realizar sessões de hemodiálise, procedimento no qual uma máquina reproduz a função do órgão, filtrando o sangue e devolvendo-o limpo ao corpo.

“Perda de apetite, inchaço nos pés, pernas ou rosto, cansaço, anemia, pressão alta e urina com espuma escura podem ser sinais da doença”, afirma.

Foi sentindo algumas dessas reações que João Adison Rodrigues de Almeida descobriu ser portador da doença renal, em Santarém.

“Eu comecei a me sentir fraco, inchado, pálido, não tinha apetite e cada dia que passava isso se agravava mais. Procurei um médico e na emergência descobri a doença renal crônica”, conta ele.

Com 39 anos de idade, ele passa por sessões de hemodiálise há quatro anos no Hospital Regional do Baixo Amazonas.

Em Altamira, o médico Eduardo dos Anjos, nefrologista da Pró-Saúde no Hospital Regional Público da Transamazônica, explica que exames simples e de rotina, como o de glicemia e verificação de pressão, permitem identificar o risco de desenvolver a doença.

“Pessoas acima do peso, mas, especialmente as com obesidade, têm maior risco de desenvolver a hipertensão, principal causa da doença renal no país, seguida pelo diabetes mellitus”, afirma o médico.

A vida de quem precisa de diálise para seguir adiante é marcada por uma rotina difícil.

Betzabeth Yurima, de 54 anos, percorre mais de 100km de Jacundá, onde mora, para realizar hemodiálise em Marabá, no Hospital Regional do Sudeste do Pará.

“A vida de um paciente renal não é fácil”, ela diz. “Venho três vezes na semana ao hospital e fico mais de três horas em uma poltrona fazendo hemodiálise. O que me conforta, é saber que sou sempre bem acolhida e tratada com dignidade”, pondera a paciente.

Hipertensão, diabetes, obesidade, fumo e até idade são considerados alguns dos principais fatores de risco para a doença.

Emanuel Esposito, médico nefrologista responsável pelo serviço de Nefrologia e Transplante Renal do Hospital Regional do Baixo Amazonas, explica que depois dos 40 anos, “perdemos cerca de 1% da função renal, decorrente do envelhecimento natural do órgão”.

Mas hábitos simples podem fazer enorme diferença na prevenção das doenças que afetam os rins.

É o que diz Solange Quadros, enfermeira nefrologista e coordenadora do Centro de Terapia Renal Substitutiva do Regional do Baixo Amazonas.

“Ingerir bastante líquido para eliminar as toxinas do corpo, praticar exercícios com frequência — principalmente se for hipertenso ou diabético — e manter uma alimentação saudável, com menos sal e gorduras ajudam a cuidar da saúde dos rins”, ensina.

Ela recomenda outro ponto importante: pelo menos uma vez por ano, fazer exames de dosagem da creatinina, “que funciona como marcador da função renal”.

Os hospitais Regional do Sudeste do Pará, Regional do Baixo Amazonas e Regional Público da Transamazônica pertencem ao Governo do Pará e são gerenciados pela Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de administração hospitalar do país.

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