Treinador e corredor paratleta, colaborador do Hospital Anchieta sonha com Paralimpíada

O acaso sempre fez parte da vida de paratleta de Raimundo Vales Lobo, 51 anos, colaborador do Hospital Estadual Anchieta (HEAN), no Rio de Janeiro (RJ), que há 20 anos treina e corre como guia de deficientes visuais em provas paradesportivas. Convidado por uma professora de Educação Física, quando ainda morava em Belém do Pará, para ajudar no treinamento desses atletas, ele embarcou com tudo no esporte e sonha em participar da Paralimpíada de Tóquio em 2020.

Desde 1998, Raimundo participa da Corrida de São Silvestre como guia, e em 2014 ele e seu corredor ficaram em primeiro lugar na categoria para deficientes visuais. Ele tem no currículo ainda a participação em seis Meias Maratonas do Rio de Janeiro. Trabalhando no Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência, unidade gerenciada pela Pró-Saúde em Ananindeua (PA), ele recebeu apoio da direção com o uniforme usado e ajuda de custo para prosseguir no treinamento.

Em outubro do ano passado, Raimundo mudou-se para o Rio de Janeiro e interrompeu a atividade. Em fevereiro deste ano, começou a frequentar uma associação para portadores de necessidades especiais em Niterói para continuar correndo, e foi quando, no ponto de ônibus, ao ajudar um deficiente visual a pegar a condução, descobriu que este era paratleta e só não estava competindo porque não tinha um guia e nem treinador.

“Parece que Deus sempre me colocou no lugar certo e na hora certa. Tudo sempre aconteceu por acaso”, comentou Raimundo. Como a seletiva para a Paralimpíada aconteceu em fevereiro do ano passado, ele não conseguiu participar, mas sonha com a próxima, daqui a quatro anos em Tóquio. “Temos várias competições pela frente, mas a gente chega lá”, afirmou.

Voltar para o topo da página - Pró-Saúde