Saúde mental feminina: por que falar sobre isso?

Acúmulo de funções e desigualdade social impactam o bem-estar feminino, mas hábitos simples podem ajudar

Cuidar da mente é tão importante quanto cuidar do corpo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental permite que as pessoas encarem os desafios, desenvolvam habilidades e vivam com mais qualidade. Mas a realidade das mulheres nem sempre facilita esse equilíbrio.

Dados do IBGE mostram que 18% das mulheres já tiveram algum transtorno mental, como ansiedade e depressão. A sobrecarga do dia a dia, acumulando trabalho, família e vida pessoal, pode ser um grande gatilho. Fatores como desigualdade social, desemprego e violência também agravam a situação.

“A cobrança constante e a falta de tempo para o autocuidado são desafios reais. Precisamos olhar para a saúde mental feminina com mais atenção e acolhimento”, afirma René Padovani, , psicólogo e coordenador de filantropia da Pró-Saúde.

Entre os sintomas mais comuns que indicam a necessidade de atenção à saúde mental estão:

  • Alterações no sono;
  • Fadiga excessiva;
  • Irritabilidade constante;
  • Mudanças bruscas de humor;
  • Dificuldade de concentração;
  • Sentimentos persistentes de tristeza ou desmotivação.

Pequenos hábitos, grande diferença

Criar momentos para si mesma pode ajudar a reduzir o estresse. Boas noites de sono, exercícios físicos, alimentação equilibrada e lazer são aliados poderosos. Além disso, estabelecer limites nas relações e no uso das redes sociais também é essencial.

“Buscar ajuda profissional não é fraqueza, é um ato de autocuidado. Falar sobre sentimentos e pedir apoio é o primeiro passo para uma vida mais leve e equilibrada”, reforça Padovani.

A saúde mental precisa ser prioridade. Com apoio e informação, é possível transformar o cuidado com a mente em um hábito diário.