Derrame Cerebral

Saiba como identificar os sinais de um derrame cerebral

De acordo com a OMS, 17 milhões de pessoas sofrem um AVC todos os anos no mundo, causando mais de 6,5 milhões de mortes

O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como “derrame”, é a segunda maior causa de mortes no mundo, podendo acometer uma a cada quatro pessoas em idade adulta durante a vida.

Os dados são da Organização Mundial da Saúde (OMS), que alerta principalmente para a prevenção sobre os sintomas, tratamentos e prevenções da doença. A cada 6 segundos alguém e cometido por AVC no mundo, por ano são cerca de 17 milhões de pessoas, que sofrem diferentes sequelas e causa mortes.

“Um AVC pode afetar diferentes áreas do cérebro e trazer sequelas motoras, como paralisação dos movimentos ou dificuldades para andar e falar, por exemplo. Além disso, pode impactar na compreensão e reconhecimento, prejudicando inclusive a memória”, explica Marcio Costa, neurocirurgião pela Pró-Saúde, e com atuação no Hospital Regional do Sudeste do Pará (HRSP), em Marabá (PA).

O especialista destaca que existem diferentes tipos de AVC, com diferentes possibilidades de tratamento.

“A maioria dos casos são do AVC do tipo isquêmico, quando acontece a obstrução ou entupimento de uma ou mais veias no cérebro. De acordo com a OMS, mais de 6,5 milhões de mortes acontecem todos anos devido a doença no mundo. Por isso, devemos manter o cuidado e a prevenção”, diz.

Entre as estratégias de prevenção, o neurocirurgião ressalta os cuidados com os fatores de risco, como o sobrepeso, tabagismo, consumo de álcool, falta de exercícios físicos e má alimentação.

Na próxima quinta-feira, 29, é lembrando o Dia Mundial de Combate ao AVC. A data reforça os cuidados para a doença. Além da prevenção, reconhecer os sinais de um AVC pode contribuir para evitar mortes.

Para o especialista “é importante que todos possam reconhecer os principais sinais do AVC, que pode ser feito com quatro medidas simples, que seguem a abreviação de S.A.M.U. Esses passos podem salvar muitas vidas e evitar sequelas profundas”.

Quais os sinais de um AVC com base no método SAMU?

Sorria: Peça para a pessoa dar um sorriso, caso um dos lados da face entorte ou paralise, é provável que seja um AVC;

Abrace: Veja se a pessoa consegue levantar os dois braços, se um deles cair, pode ser outro sintoma;

Música: Incentive a pessoa a repetir uma frase de uma música preferida, se ela não conseguir pronunciar corretamente, pode ser mais uma indicação da doença;

Urgente: Caso tenha identificado alguns dos sintomas, busque ajuda de um profissional médico imediatamente. Entre os serviços públicos de emergência está o telefone 192, para remoção de pacientes e totalmente gratuito.

Conheça as medidas de prevenção ao AVC

– Atenção com o colesterol: É importante reduzir a quantidade de alimentos ricos em LDL (conhecida como colesterol ruim, e que se deposita nos vasos sanguíneos);

– Controle do Diabetes;

– Controle o peso: Mantenha o peso saudável para a sua idade e altura, evite o acúmulo de excesso de gordura no corpo. Consulte um médico para saber qual é o seu peso ideal;

– Evite fumar e cuidado com as drogas: Estudos mostram que o tabaco favorece consideravelmente as chances de um AVC. As drogas ilícitas, como a cocaína, alteram drasticamente o fluxo sanguíneo no organismo, podendo provocar a doença;

– Alimentação equilibrada: Reduza o consumo de açúcar, gorduras, sal e bebidas alcoólicas. Modere o consumo de sódio (para pressão alta);

– Pratique exercícios: O exercício contribui para o controle da pressão arterial, melhora as taxas de colesterol e glicose, além de melhorar a qualidade do sono e reduzir o estresse. A prática regular de exercícios aeróbicos, está diretamente ligada à redução do risco de ter AVC.

O Hospital Regional do Sudeste do Pará é mantido pelo Governo do Estado, sendo gerenciado pela Pró-Saúde. Em 2019, a unidade realizou mais de 4 mil procedimentos neurológicos, entre consultas e exames de média e alta complexidades.

Com atendimento 100% gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde), é referência para 22 municípios no sudeste do Pará.