Gravidez

Principais causas de morte materna são prevenidas no pré-natal

Hospital São Luiz, referência em gestação de alto risco, alerta sobre a importância do pré-natal para a saúde do bebê e da gestante

De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), as principais causas de morte materna derivam de doenças que surgem, na maioria das vezes, durante a gravidez. Dentre as complicações que representam 75% desses óbitos, a hipertensão e a presença de infecções são fatores que podem ser enfrentados precocemente com o acompanhamento de pré-natal e tratamento imediato.

O pré-natal, realizado pela rede básica de saúde dos municípios, também é essencial para detectar e tratar alterações do feto durante a gravidez, possibilitando uma vida saudável ao recém-nascido. Além disso, o exame e consulta médica de rotina “auxiliam a gestante a manter uma gravidez mais saudável, esclarecendo dúvidas sobre as mudanças no corpo materno, o desenvolvimento do bebê, a importância da amamentação e os cuidados no pós-parto”, segundo Evelyn de Souza, ginecologista do Hospital São Luiz (HSL), de Cárceres.

Além disso, o auxílio que o exame e acompanhamento profissional possibilitam não é o único benefício à saúde da mãe. A realização do pré-natal, aliada ao diagnóstico precoce, ajuda na identificação de doenças preexistentes na gestante e tratamento dessas complicações, evitando prejuízos à saúde da mulher e do bebê, durante e após a gestação.

Caso o pré-natal não seja cumprido conforme as diretrizes do Ministério da Saúde, o bebê corre inúmeros riscos, entre eles de ser infectado por outras doenças que a mãe pode transmitir ao filho durante a gravidez, como hepatites B e C, sífilis e AIDS. Há, ainda, a possibilidade de contaminação por vírus do HPV, hepatite e herpes durante o parto normal, podendo causar problemas como o aborto, malformação fetal, parto prematuro ou, até mesmo, morte do recém-nascido.

Durante a gestação, a mãe deve tomar vacinas antitetânicas, contra hepatite B e vírus H1N1. Além de exames como fator Rh, teste de HIV, tipagem sanguínea, secreção vaginal e ultrassonografia, há a averiguação de riscos para diabetes gestacional, infecções ou indícios de anemia e presença de sangramento, ou alterações dos glóbulos brancos na urina que podem indicar infecção.

Evelyn ressalta que ainda no período de pandemia “é muito importante que a gestante continue realizando as consultas de pré-natal. Mas, sempre com segurança, usado máscara e álcool em gel para se proteger”. Segundo o Ministério da Saúde,  as consultas devem ser feitas pelo menos seis vezes durante os nove meses de gestação, sendo uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro. Além de uma sétima consulta em até 42 dias após o parto.

A maternidade do São Luiz, gerenciada pela Pró-Saúde, é referência para gestação de alto risco para 22 municípios do oeste mato-grossense e para algumas cidades da Bolívia. A unidade é responsável pela maioria dos nascimentos da população na região de Cárceres. O HSL conta com atendimento humanizado em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, ginecologia e pediatria.

As práticas adotadas pelo hospital foram reconhecidas pelo Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e pela OMS (Organização Mundial da Saúde), por meio do selo Amigo da Criança, concedido pela IHAC (Iniciativa Hospital Amigo da Criança) aos hospitais que realizam o cumprimento dos 10 passos para o sucesso da amamentação.

Voltar para o topo da página - Pró-Saúde