Oncológico Infantil promove a cultura regional na semana do Folclore

Matinta Pereira, Boto, Cobra Grande, Curupira. As histórias desses personagens são comuns na região amazônica e para quem foi criado ouvindo as diferentes versões de cada uma delas, a torcida era sempre para que nunca encontrasse um deles pelo caminho, mas o importante era ouvir as lendas e entender a importância dessas figuras muitas vezes protetoras da floresta.

Em uma semana de comemorações pelo Dia Nacional do Folclore (22), as histórias desses personagens vieram parar no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, e foram contadas para as crianças que fazem tratamento na unidade do Governo do Estado, pelo artista plástico e cartunista Rosinaldo Pinheiro, criador do Açaí, não o fruto, e sim o personagem das histórias em quadrinhos inspiradas no cotidiano paraense.

Para o artista, poder visitar a unidade gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar e ainda falar sobre o folclore amazônico para um público de crianças, foi uma forma de valorização da cultura regional. “A maioria das crianças que está vem do interior e eu acredito que trazer tudo isso, utilizando palavras do nosso dicionário papa xibé e da linguagem paraoara, valoriza uma cultura que é deles e ajuda de alguma forma com o resgate de uma memória afetiva”, conta Rosinaldo.

Willian Nascimento acompanhou o filho David, de 5 anos, na programação. Com a atenção dividida entre o filho e as lendas contadas, ele lembrou da infância na “terra da pimenta-do-reino”, em Tomé-Açu (PA). “A gente sempre ouvia essas histórias e como é um lugar com muitas plantações, árvores, qualquer canto de pássaro já dava pra se assustar”, conta Willian que ainda destacou a importância da valorização da cultura. “Também vivo da arte, faço pinturas, grafitti e música. Esse é um tipo de programação importante para valorizar e apresentar nossa cultura para as crianças”, complementou.

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