No Novembro Roxo, Hospital da Transamazônica sensibiliza usuários sobre a importância da família na recuperação de bebês prematuro

Único da região do Xingu com UTI neonatal e infantil, hospital integra a campanha mundial que sensibiliza e chama atenção para a prematuridade

O Novembro Roxo é uma campanha realizada anualmente com o objetivo de sensibilizar e chamar a atenção para as questões da prematuridade. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), por ano, mais de 15 milhões de bebês nascem prematuros. Só no Brasil, cerca de 340 mil crianças nascem antes de 37 semanas de gestação.

Com o tema “Garanta o contato pele a pele com os pais desde o momento do nascimento”, o Hospital Regional Público da Transamazônica, unidade que pertence ao Governo do Pará e é gerenciada pela Pró-Saúde em Altamira, aderiu à campanha e chama a atenção sobre a importância da presença dos pais no acompanhamento do bebê internado nas unidades de saúde.

O Regional da Transamazônica é o único da região do Xingu que possui Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) Neonatal e Infantil. A unidade é reconhecida nacionalmente entre os melhores hospitais públicos do Brasil e possui a certificação ONA 3 Acreditado com Excelência, concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), reconhecimento que atesta a qualidade dos serviços prestados à população no interior do Pará.

De acordo com Cleiton Araújo, coordenador da UTI neonatal do hospital, durante todo o período de internação, os pais dos bebês possuem livre acesso à instituição. “Esse contato com a família é incentivado pela equipe multiprofissional, justamente porque é uma prática extremamente benéfica e eficaz para os bebês”, explica.

Segundo o profissional, assim que um bebê prematuro é admitido no hospital, a família é imediatamente informada sobre a importância da presença dos pais no período de internação.

“Orientamos sobre o contato, o ato de pegar o bebê no colo, por meio do método canguru, e fazer com que ele sinta o calor da mãe. Tudo isso é de suma importância, tanto para os pais, quanto para a própria recuperação do recém-nascido”, explica o enfermeiro.

O pequeno Pedro Rosas, de apenas 18 dias de vida, conhece bem essa ligação de afeto com a mamãe, a estudante Daniele Rosas, de 20 anos. Ele nasceu prematuro de 36 semanas e, por ter nascido com desconforto respiratório, precisou ser internado na UTI neonatal do HRPT.

Para o pai do pequeno, o oficial de justiça André Calandrini, de 35 anos, o fato de poder acompanhar o filho durante a internação traz alívio, apesar da ansiedade para que o bebê volte logo para casa com a família.

“No início, quando ele nasceu, a notícia da internação nos deixou preocupados. Eu venho todos os dias, pela manhã e tarde. Ele está se recuperando muito bem, já respira sem a ajuda de aparelho, está mamando, isso tudo já mostra o avanço no tratamento dele”, celebra o pai.

Para focar cada vez mais a atenção no cuidado com os bebês prematuros, o Grupo de Atenção Multidisciplinar Materno-Infantil (GAMMI) do Regional da Transamazônica fomenta constantemente o diálogo sobre o tema por meio de ações informativas, palestras e oficinas de cuidados e amamentação.

Este ano, após dois anos de encontros virtuais por conta da pandemia de Covid-19, o HRPT realizará, no dia 23/11, o 7º Encontro de Prematuros, que tem como objetivo orientar os pais que estão acompanhando os filhos prematuros na unidade. A ação também contará com a participação de mães que já passaram pela experiência no Hospital.

Tipos de prematuridade e a importância do pré-natal

Ainda segundo o coordenador, existem três níveis de prematuridade: prematuro extremo, intermediário e o tardio. “Prematuro é aquele bebê que nasce antes de completar as 37 semanas de gestação. Os prematuros extremos nascem antes das 28 semanas, os intermediários, entre 28 e 34 semanas, e o tardio, de 34 até 37”, explica o profissional.

Além disso, o especialista chama a atenção sobre situações durante a gravidez que podem causar a prematuridade, como diabetes gestacional, descolamento prematuro da placenta, infecções, miomas, tabagismo, entre outros.

“Por esses e outros motivos, é essencial realizar o pré-natal corretamente. Ele auxilia a gestante a manter uma gravidez mais saudável e permite identificar doenças que poderem evoluir de forma silenciosa. Com o diagnóstico precoce, é possível realizar o tratamento e evitar prejuízos à mulher e ao bebê”, enfatiza Cleiton.

Além disso, o pré-natal é essencial para detectar qualquer intercorrência com o feto, como malformações ou doenças congênitas, algumas delas ainda em fases iniciais, permitindo o tratamento intrauterino e proporcionando ao recém-nascido uma vida perfeitamente saudável.

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