Segundo Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 16 milhões de brasileiros convivem com o problema no país
No mês em que é celebrado o Dia Mundial do Diabetes (14/11), a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, em Santos (SP), ressalta os riscos e cuidados necessários para controle da doença, que atinge cerca de 16 milhões de brasileiros, de acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes.
O diabetes é uma doença metabólica crônica, caracterizada pela falha de produção, ou ausência de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas e essencial para a transformação da glicose em energia. “Quando o pâncreas não produz insulina, a glicose é acumulada na corrente sanguínea, dando origem à doença”, explica Gisele Abudh, diretora Técnica da UPA Zona Leste.
Segundo a Federação Internacional de Diabetes, as Américas do Sul e Central somam 32 milhões de casos da doença, com projeção de 50% de aumento desses casos até 2045. O Ministério da Saúde aponta ainda que a taxa de óbitos e falecimentos precoces por doenças crônicas não transmissíveis, incluindo o diabetes, é alta no país, com 730 mil óbitos registrados, sendo 41,8% prematuros, em 2019.
A UPA 24h da Zona Leste, em Santos, pertence a rede pública de saúde da Prefeitura de Santos, sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, e é referência no atendimento Clínica Médica, Ortopedia, Pediatria e Odontologia.
Tipos da doença e tratamento
O diabetes corresponde a um conjunto de doenças, todas caracterizadas pelo aumento do nível de glicose no sangue causado por diferentes motivos:
Diabetes Tipo 1: o pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, fazendo com que o organismo não consiga utilizar o açúcar no sangue para produzir energia. Nesse caso, o indivíduo depende de aplicações diárias de insulina.
Diabetes Tipo 2: as células são resistentes à ação da insulina. A produção do hormônio é insuficiente, ou o organismo é incapaz de aproveitá-lo.
Diabetes Gestacional: os hormônios produzidos durante a gravidez reduzem a ação da insulina, que não é suprida pelo pâncreas. Dessa forma, ocorre um desequilíbrio deste hormônio no corpo.
A médica Gisele Abud ressalta que, caso seja negligenciado, o diabetes pode ter complicações graves. “Um quadro mais grave de descompensação diabética pode ocasionar o que chamamos de cetoacidóse diabética (produção de ácido sanguíneos pelo corpo), que pode demandar até mesmo internação em leito de terapia intensiva para estabilização”, alerta.
Por conta de seu perfil assistencial, a UPA Zona Leste costuma receber casos decorrentes de complicações da doença “que consistem principalmente em problemas circulatórios e renais. Se não for controlada, o diabetes pode até mesmo levar a morte”, enfatiza a médica.
O tratamento, que exige acompanhamento médico especializado e cuidados de uma equipe multidisciplinar, é disponibilizado gratuitamente via Sistema Único de Saúde (SUS), por meio da rede básica. A médica lembra que “o tratamento é essencial e garante qualidade de vida ao paciente. Por isso, é importante ter atenção com a alimentação, fazer o uso correto da medicação e realizar o acompanhamento periódico”.
Confira abaixo algumas dicas para prevenção e controle do diabetes:
• Incluir na alimentação diária o consumo de verduras, legumes e, ao menos, três porções de frutas;
• Reduzir consumo de sal, açúcar e gorduras;
• Parar de fumar;
• Praticar exercícios físicos regularmente (cerca de 30 minutos por dia);
• Manter o peso controlado de acordo com suas medidas.