No Dia Mundial do Câncer, especialista alerta para os cuidados com o câncer de colo do útero

Também conhecido como câncer cervical, é o terceiro tipo mais incidente da doença no país e responde por quase 15% dos casos no estado de Rondônia

Na semana em que é celebrado o Dia Mundial do Câncer (4/2), data que busca conscientizar e educar sobre a doença, o Hospital Bom Pastor (HBP), localizado em Guajará-Mirim (RO), alerta para o risco de incidência do câncer cervical no estado, indicando as melhores formas de prevenção à doença.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima o registro de 625 mil novos casos de câncer no triênio 2020/2022. O órgão indica ainda o câncer cervical, ou de colo do útero, como o terceiro mais incidente no país, alcançando cerca de 7,4% do total de casos.

Apesar da região Norte, onde o Hospital Bom Pastor está inserido, apresentar uma queda em comparação com dados de 2018, em Rondônia, a quantidade de casos do câncer cervical permaneceu a mesma, respondendo por quase 15% do total de casos da doença na população rondoniense.

O câncer de colo do útero é uma doença de evolução lenta que atinge mulheres e homens transsexuais a partir de 25 anos. Segundo a OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), 70% desses casos são causados por dois tipos de papilomavírus (HPV), um grupo de vírus comum, transmitido por contato sexual – com ou sem penetração.

Por ser assintomática, a realização anual de exames e testes ginecológicos favorecem o diagnóstico precoce da doença, facilitando sua cura. “O exame citopatológico (Papanicolau) é o principal método para diagnosticar o câncer cervical. Quando ele é feito no estágio inicial da doença, há até 90% de chance de cura”, explica Márcia Guzman, médica e diretora Técnica do Bom Pastor.

A rotina recomendada pela OMS para o rastreamento e diagnóstico do câncer de colo do útero, é a repetição do exame Papanicolau a cada três anos. Essa recorrência visa reduzir as chances de um resultado falso-negativo no rastreamento. “Por isso, é essencial manter consultas de rotina, que podem ser realizadas nas unidades básicas de saúde, por exemplo. O acompanhamento regular favorece o diagnóstico precoce e facilita o tratamento”, complementa a especialista.

Outro fator de risco para a doença é a infecção pelo HPV. Isso porque há o risco da infecção se tornar crônica e a lesão pré-cancerosa evoluir para o câncer cervical invasivo. “Por isso, além dos exames ginecológicos, é importante realizar a vacinação contra o HPV entre meninas de 9 a 14 anos, e meninos de 11 a 14 anos, como forma de prevenção primária à doença”, ressalta Márcia. A imunização é disponibilizada gratuitamente em todo o território nacional, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS)

 

Fatores de risco para o câncer cervical

 

  • Infecção pelo HPV;
  • Não realizar Papanicolau com regularidade;
  • Relação sexual sem preservativo, ou contato genital direto com a pele;
  • Histórico familiar da doença;
  • Más condições de higiene;
  • Baixa imunidade;
  • Tabagismo.

Pertencente à Pró-Saúde, uma das maiores entidades filantrópicas de gestão hospitalar do país, o Hospital Bom Pastor é referência assistencial em obstetrícia, pediatria, ginecologia, clínica médica e cirúrgica, possuindo ainda estrutura voltada especialmente para a assistência à população indígena. A unidade presta atendimento gratuito por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), mediante contrato com o município.

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