Músico supera prognóstico e surpreende equipe do IECPN

Quando Ailton Oliveira descobriu um tumor cerebral, localizado na região lobotemporal, ele viu seu mundo desabar. Cearense, morando em Macaé há cerca de três anos, o professor de piano da Escola de Artes de Macaé teve muito medo de perder a coordenação motora e não poder mais dar aulas e tocar seus instrumentos.

Pouco tempo depois do diagnóstico, ele conheceu a história de uma paciente, operada no Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IECPN), no Rio de Janeiro (RJ), administrado integralmente pela Pró-Saúde, bem parecida com a dele. Ana Carina, foi diagnosticada com o mesmo tumor de Ailton no final de 2013 e, treze dias depois, já tocava o piano localizado no hall da unidade. “A história dela me estimulou, me incentivou e me encorajou a buscar esta unidade, e de hoje estar aqui também tocando este mesmo piano”, disse emocionado.

Ailton esteve hoje, 31, na unidade para uma consulta de acompanhamento. Junto dele, estavam seus pais e seu acordeom, onde tocou um repertório bem inusitado. Começou por Gonzaguinha e, em seguida, música clássica e bossa nova. “Poucos acreditam que é possível tocar bossa nova e clássica no acordeom, né?”, disse entusiasmado.

No famoso piano do hall de entrada do IEC, Ailton tocou uma sonata de Beethoven e ofereceu a Ave Maria clássica a toda equipe que cuidou dele. “Essa oração em forma de música eu ofereço a vocês, que cuidaram de mim da melhor forma que poderiam”, ressaltou.

Na plateia, além do Neurocirurgião Vinicius Zogbi, médico que operou Ailton, estavam enfermeiros, pacientes, médicos, a Direção da unidade, e até o diretor Médico Paulo Niemeyer. Tocando, o músico, se virou para seu cirurgião e disse sorrindo: “Tá vendo como está tudo no lugar?”. O médico fez um sinal de ok para Ailton, sorriu, respondendo: “você está ótimo!”

Zogbi, disse que ficou muito feliz em ver que Ailton está levando uma vida normal. “O maior desafio era não deixar sequelas, pois o tumor dele estava localizado na área lobotemporal, que poderia comprometer a linguagem e audição. A sensação de vê-lo tocar é a de dever cumprido”, explicou o neurocirurgião.

Ao final da visita, Ailton falou, emocionado, sobre a imensa gratidão que sente por ser tão bem cuidado e assistido. “Eu estou hiper, mega, ultra satisfeito. Toda a equipe me atendeu de forma excepcional. Eles são muito solícitos, muito bacanas. Serei eternamente agradecido”, finalizou.

Voltar para o topo da página - Pró-Saúde