Internação em UTI cresce 41% e HRBA alcança quase 1 milhão de atendimentos em ano de pandemia

No início de 2020, o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), localizado em Santarém (PA), implantou um comitê responsável pela elaboração de estratégias para o enfrentamento ao novo coronavírus.

Foram destinados 52 leitos no total para o atendimento exclusivo de casos da Covid-19, sendo 22 leitos já existentes e 30 novos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) abertos.

O hospital atendeu cerca de duas mil pessoas com suspeita ou confirmadas positivamente para a doença. Em um corredor montado especialmente para celebrar a alta pós-internação, ao todo foram mais de 700 pacientes recuperados – entre eles, muitos profissionais da saúde.

No ano marcado pela pandemia global, o número de internações na UTI do HRBA aumentou em 41% na comparação com 2019. Das 1.153 internações na Unidade de Terapia Intensiva, 671 foram relacionadas à Covid-19. Referência em áreas como oncologia, neurocirurgia e ortopedia, o HRBA realizou 917.262 mil atendimentos no ano passado – foram 3,8 mil a mais na comparação com o ano de 2019.

“Durante toda a pandemia tivemos a missão de conciliar a assistência à Covid-19 com todas as demais especialidades cirúrgicas e clínicas ofertadas pelo HRBA. A nossa estratégia de atendimento envolveu a capacitação de profissionais, abastecimento da unidade com insumos e desenvolvimento de protocolos internos que garantiram a manutenção dos serviços no hospital durante todo o ano da pandemia”, explica o diretor Hospitalar, Hebert Moreschi.

As internações para o tratamento de pacientes com o novo coronavírus também foi superior aos casos de cirurgias oncológicas, com número total de 594 procedimentos, enquanto as internações ultrapassaram a marca dos 600.

Com índices maiores de atendimento, os números de exames também cresceram. Somente o procedimento de tomografia obteve um aumento de 55% na comparação entre 2020 e 2019.

O valor assistencial conquistado pelo HRBA junto aos pacientes é demonstrado também pela avaliação dos usuários, que alcançou 99,36% de aprovação.

A unidade foi um dos hospitais selecionados pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) com atendimento também voltado aos casos graves da doença.

Mantido pelo Governo do Pará, o Hospital Regional do Baixo Amazonas é gerenciado pela Pró-Saúde, entidade com mais de 50 anos de experiência na administração de serviços em saúde e gestão hospitalar.

Logística em regiões continentais

Na mesorregião que o HRBA está inserido, são 13 municípios que compõem um território equivalente a 25% da área total do Estado do Pará. A região ocupa uma área superior aos países do Reino Unido e Coreia do Sul somados. É referência para uma população estimada em 1,3 milhão de pessoas, residentes em 30 municípios do Oeste do Pará, Baixo Amazonas e Xingu.

Para Rogério Kuntz, diretor Operacional da Pró-Saúde no Pará, diante de proporções territoriais como a do Baixo Amazonas, além do planejamento assistencial, a logística é um fator preponderante para a perenidade dos serviços.

“Em parceria com o Governo do Pará, Ufopa e Pró-Saúde, foi inaugurado no HRBA o primeiro laboratório molecular fora da capital. Com isso, foi possível diagnosticar a doença com mais celeridade e salvar mais vidas na região”, explica.

Além da logística, o hospital estabeleceu orientações aos profissionais de forma contínua sobre o uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) e higienização das mãos.

O hospital também reduziu em mais de 50% as principais infecções hospitalares que ocorrem quando são necessários procedimentos invasivos no paciente.

Com a certificação ONA 3 Acreditado com Excelência, concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), o HRBA está entre os melhores hospitais do país, reconhecidos pela qualidade assistencial e segurança destinada aos pacientes.

“Os desafios que enfrentamos em 2020 resultaram em um fortalecimento dos nossos protocolos internos de gestão, qualidade profissional e dedicação à vida. Os riscos da Covid-19 continuam e estamos preparados para prosseguir a nossa missão na assistência aos pacientes”, conclui Hebert Moreschi.

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