Hospital Regional da Transamazônica realiza semana voltada à mobilidade

Objetivo é alertar sobre a importância da fisioterapia e terapia ocupacional na recuperação de pacientes hospitalizados

O Hospital Regional Público da Transamazônica, em Altamira, sudoeste do Pará, realiza a Semana da Mobilização Precoce, evento que tem como objetivo chamar a atenção de profissionais da saúde e da sociedade sobre a importância da mobilização precoce na recuperação de pacientes e a redução do período de internação.

A mobilização precoce consiste na realização de exercícios físicos específicos, por meio de fisioterapeutas ou terapeutas ocupacionais. Esses profissionais desempenham um papel fundamental na reabilitação física e motora das pessoas que estão em tratamento hospitalar e apresentam algum tipo de comprometimento, temporário ou permanente, na funcionalidade dos movimentos.

Atualmente, o Regional da Transamazônica conta com uma equipe de 12 fisioterapeutas e uma terapeuta ocupacional, que atuam nas alas clínicas, emergência e Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), realizando, em média, 2,5 mil atendimentos por mês.

De acordo com Andreia Café, fisioterapeuta da unidade que pertence ao Governo do Pará e é gerenciada pela Pró-Saúde, o objetivo é acelerar a reabilitação do paciente, promovendo bem-estar e o retorno para casa com o mínimo de limitação, e assim, reduzindo o tempo de permanência no hospital.

“Os exercícios de mobilização consistem em uma série de práticas básicas, que combatem a fraqueza muscular adquirida durante o período de recuperação, aumentando ou mantendo a força e a função física do paciente”, explica a profissional.

Para que o paciente possa recuperar a mobilidade, o estado funcional dele é avaliado com a equipe multiprofissional, assim, é possível identificar o problema, e se será necessário realizar fisioterapia motora (nos membros) ou respiratória.

“A partir dessa avaliação, aplicamos os exercícios direcionados para aquela enfermidade, recuperando o bem-estar do paciente”, explica Elays Marinho, fisioterapeuta.

É o caso de Helton Torres, de 37 anos. Ele deu entrada na unidade no último dia 7, vítima de uma queda. O paciente sofreu uma fratura no braço esquerdo e ruptura do baço, por isso, precisou passar por uma esplenectomia, cirurgia que consiste na retirada do órgão.

Após o procedimento e período de repouso, por orientação médica, Helton seguiu sendo acompanhado pela equipe de fisioterapia para iniciar a mobilização precoce. “No caso dele, o exercício prescrito foi a deambulação (caminhada), para evitar a perda de massa muscular ou prejuízos ao seu condicionamento físico durante o período de internação”, explica Elays.

A atuação da Terapia Ocupacional

Já as atividades desempenhadas pela terapia ocupacional estão relacionadas ao desenvolvimento do plano de cuidado, com definições de recursos e técnicas terapêuticas. Esse profissional é responsável por analisar as capacidades psicomotoras, cognitivas, perceptivas e emocionais do paciente, para desenvolver um plano de cuidado.

Segundo Rafaela Rizzi, terapeuta ocupacional do HRPT, além de auxiliar no estímulo dos membros, o profissional também atua na prevenção das deformidades corporais ou nos ossos e músculos, por meio da prescrição das órteses, que são dispositivos que corrigem a posição funcional dos membros superiores e inferiores.

“É uma maneira de evitarmos as deformidades em pés e mãos para que, na alta daquele paciente, ele esteja com os membros funcionais. Ele vai sair do hospital sem nenhuma deformidade que possa vir a acontecer, dependendo do seu diagnóstico”, destaca Rafaela.

A Semana de Mobilização Precoce do HRPT ocorre de 26 a 28 de outubro. Além de tratar sobre a importância dessa atuação na recuperação dos pacientes, o evento também é alusivo ao Dia do Terapeuta Ocupacional e Fisioterapeuta, celebrado no último dia 13/10.

O Regional da Transamazônica é reconhecido nacionalmente entre os melhores hospitais públicos do Brasil e possui a certificação ONA 3 Acreditado com Excelência, concedido pela Organização Nacional de Acreditação (ONA), reconhecimento que atesta a qualidade dos serviços prestados à população no interior do Pará.

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