Hospital Galileu realiza debate sobre a Disfagia

O Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), em Belém (PA), promoveu esclarecimentos sobre um problema pouco debatido: a disfagia. A programação, intitulada Disfagia: sua atitude é a melhor prevenção, foi realizada no auditório da unidade entre os dias 22 e 24/03. O evento teve como público usuários, acompanhantes e colaborares. A disfagia, popularmente conhecida como a dificuldade de engolir, pode acometer vários pacientes, dependendo de seu diagnóstico clínico e em qualquer fase da vida. Esse é um problema decorrente de doenças relacionadas a quadros clínicos neurológicos, psicológicos e mecânicos. Deve ser tratada por fonoaudiólogos em conjunto com equipe multidisciplinar, formada por médicos, enfermeiros e nutricionistas.  

Segundo a diretora assistencial da instituição, enfermeira Daniela Castro, a temática já tem um apelo nacional. “Tivemos o intuito de chamar a atenção dos profissionais de saúde sobre a importância desta sintomatologia e as suas consequências. A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia criou o dia Nacional de Atenção a Disfagia, e o Hospital Galileu tem a missão de capacitar não somente os profissionais da saúde, mas acompanhantes e usuários”, explicou.

 A fonoaudióloga Ananda Nóbrega acredita que a disfagia pode ser prevenida e combatida. “A disfagia provoca a dificuldade de alimentação correta. O ato de deglutir envolve um processo dinâmico e complexo, que permite a condução do alimento ou saliva da boca até o estômago, torna-se dificultoso, capaz de prejudicar fisicamente e emocionalmente uma pessoa”, informou Ananda. A nutricionista Thalita Lobato explicou que um quadro de disfagia pode acarretar problemas diversos. “A disfagia contribui para alterações na qualidade de vida, podendo ocasionar desnutrição e desidratação, daí a importância de buscarmos meios seguros que facilitem a alimentação do paciente e, ainda, ajudem no processo de recuperação de seu estado nutricional e de hidratação”, disse.

A semana de atenção à disfagia do HPEG tratou também sobre a importância da família durante o processo de tratamento do paciente disfágico. “Um dos principais objetivos foi o de orientar os acompanhantes para que ao sair da unidade, possam dar continuidade ao tratamento de seu familiar, fazendo isso de forma correta a fim de auxiliar positivamente no processo de recuperação da pessoa com disfagia”, reiterou Ananda Nóbrega.

Susiane Alves acompanha seu marido, vítima de acidente de moto e em tratamento no HPEG, e aproveitou para conhecer sobre o tema. “Hoje eu entendo e sei da importância da minha contribuição para recuperação de meu marido. As palestras esclareceram minhas dúvidas e, com ajuda da equipe multiprofissional, terei condições de dar continuidade ao tratamento dele”, disse.

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