No dia 23 de março, o Hospital Estadual Anchieta (HEAN), no Rio de Janeiro (RJ), promoveu a palestra “Cuidados Paliativos”. De forma clara e didática, o médico neurologista, Daniel Paes, que também é membro titular da Academia Brasileira de Neurologia, abordou o assunto apresentando o contexto histórico dos tratamentos e seguiu a palestra discursando sobre mortalidade, perfil epidemiológico, escala de Barthel – que avalia as capacidades básicas de vida diária, a definição de cuidados paliativos, bioética e legislação
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, Cuidado Paliativo é a abordagem que promove qualidade de vida de pacientes e seus familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, por meio de prevenção e alívio do sofrimento. Requer a identificação precoce, avaliação e tratamento impecável da dor e outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual.
Para um público formado por médicos, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogo, assistente social, enfermeiros, entre outros profissionais, o médico destacou que a prática do “Cuidado paliativo” não pode ser restrita a casos de terminalidade, pois o tratamento é apropriado em qualquer idade do paciente e/ou estágio de uma doença grave e pode ser realizado em paralelo ao tratamento curativo.
A psicóloga Érica Louredo participou da palestra e reforçou a importância da equipe multidisciplinar de saúde: “A formação de uma equipe multidisciplinar aponta a complexidade de composição humana. No ambiente Hospitalar não é somente o corpo que recebe os cuidados, mas o sujeito como todo. Cada categoria profissional tem algo a dizer e formas específicas de cuidados para garantir assistência global do paciente. Isso ainda nos remete ao trabalho que, embora composto de equipe multidisciplinar, deve atuar interdisciplinarmente. Nesta abordagem as disciplinas se enlaçam e formam um conjunto coeso de trabalho com uma direção comum garantindo o cuidado real e efetivo” finaliza.