Estudo Científico destaca a importância da reabilitação no atendimento de traumas

Profissionais de saúde e residentes do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, região metropolitana de Belém (PA), promoveram um estudo com 92 pacientes de traumas e a importância do trabalho de reabilitação na unidade.

Antes de ser publicado na Revista CPAQV, do Centro de Pesquisas Avançadas em Qualidade de Vida, localizado em Campinas, no estado de São Paulo, o estudo foi realizado durante o período de nove meses e acompanhou pacientes que sofreram alguma ação inesperada ou violenta, como, por exemplo, acidente de trânsito.

Para ler o estudo basta clicar aqui.

Após a aplicação dos critérios de exclusão, os estudos foram direcionados para 14 pacientes, sendo 2 mulheres e 12 homens, com idade média de 34 e 35 anos. Quanto ao mecanismo de trauma, o principal encontrado foram os acidentes com motocicleta, representando 78,57% dos casos. O estudo analisou a importância do tratamento fisioterapêutico no período intra-hospitalar até o momento da alta clínica.

O Metropolitano, unidade do Governo do Pará e gerenciado pela Pró-Saúde, é referência no atendimento e tratamento de traumas e queimados na região do Pará. A coorientadora, Teresa Bezerra de Sena, explica que o trabalho reforça que, “em todos os casos, ficou clara a importância da fisioterapia no paciente com trauma ortopédico ainda no ambiente hospitalar”. Os fisioterapeutas Anderson Antunes e Letícia Ramos, assim como as acadêmicas em fisioterapia Letícia de Souza e Bernadete Gomes Pimenta, também participaram da pesquisa.

A importância da pesquisa no ambiente hospitalar

Para o orientador da pesquisa e fisioterapeuta do HMUE, Leonardo Nicolau da Costa, além de ser um centro assistencial, a Unidade também contribui no desenvolvimento de pesquisas científicas e atua como um centro formador de profissionais da saúde.

“O estudo ‘Funcionalidade e Qualidade de Vida em Pacientes Vítimas de Trauma Ortopédico Atendidos pela Fisioterapia em um Hospital Referência na Amazônia’ evidencia a qualidade do trabalho de reabilitação, além de promover um espaço científico para discussões, debates, apresentação de pesquisas, exposição de novas ideias e de controvérsias sobre a área de saúde em todo o Brasil”, explica.

Leonardo Costa também é coordenador do Departamento de Ensino e Pesquisa do Metropolitano. O profissional comenta a importância de consolidar ainda mais o nome da unidade no cenário científico do País. “Queremos aumentar o número de publicações anuais e elevar a qualidade das nossas pesquisas, buscando novos conhecimentos e novas maneiras de assistir os pacientes”, enfatizou.

Essa conquista se mistura com a história do autônomo Jamil Silva, que foi uma das pessoas ouvidas pelo grupo. Ele sofreu acidente de moto, o qual comprometeu a estabilidade da perna, mas ficou totalmente recuperado com tratamento fisioterápico dentro do Metropolitano. “Uma condutora utilizava o carro e falava ao mesmo tempo no telefone. Ela me bateu por trás, caí e quebrei a perna. Passei longo tempo fazendo fisioterapia e consegui retornar com os movimentos da minha perna e com as minhas atividades”, lembra.

O diretor hospitalar do Metropolitano, Itamar Monteiro, parabenizou a equipe e destacou a relevância da produção científica dos colaboradores, residentes médicos e multiprofissionais da Unidade. “Parabenizo todos pelo feito! Os artigos, pesquisas, teses realizadas pela equipe do HMUE são de grande relevância nacional e servem de apoio para outros profissionais e instituições de saúde”, finalizou.

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