Em evento online, Oncológico Infantil destaca a importância do ato de brincar na infância

A iniciativa é referente à Semana Mundial do Brincar, campanha que sensibiliza a sociedade sobre a importância desta atividade na infância

Na última sexta-feira (27/05), o Setor de Humanização do Hospital Oncológico Infantil participou de um evento online, organizado pelo setor de Filantropia da Pró-Saúde, cujo tema foi “O verbo brincar em ação”.

A iniciativa teve como referência a Semana Mundial do Brincar, que sensibiliza a sociedade sobre a importância do brincar na infância. Todos os anos a campanha acontece em torno do dia 28 de maio. O evento teve apoio dos movimentos “Unidos pelo Brincar” e “Aliança pela Infância”.

O evento contou com a participação especial da doutora em Educação, mestra em Estudos Culturais e bacharela em Lazer e Turismo pela Universidade de São Paulo (USP), Daniela Marcílio, autora do Guia de Incidência Política – Como implementar a Semana Municipal do Brincar. Além de Leticia Zero, coordenadora da Secretaria Executiva da Aliança pela Infância.

Daniela destacou a importância do papel que as brincadeiras assumem no desenvolvimento do ser humano, pois elas estão presentes em um longo período da infância. Além disso, chamou a atenção dos participantes para o protagonismo de quem promove o ato de brincar.

“Cabe a nós essa responsabilidade de cobrar aos gestores públicos a implementação de políticas públicas sobre a prática do brincar na sociedade”, pontuou a especialista.

René Padovani, coordenador de Filantropia da Pró-Saúde, comenta que é no momento de brincar que acontece a expressão de compreensão de mundo, aprendizado ou manifestação de linguagem.

“A proposta da Pró-Saúde é trazer à luz a grandeza que o brincar propõe, distanciando do caráter reducionista e meramente simplório, atingindo as diretrizes preconizadas na Política Institucional de Humanização”, explica.

Projetos do Oncológico Infantil

O Setor de Humanização do Oncológico Infantil, que pertence ao Governo do Estado do Pará e é gerenciado pela Pró-Saúde, teve sua participação com a exposição de suas ações relacionadas ao ato de brincar como ferramenta pedagógica.

A unidade, voltada para o atendimento oncológico de crianças e adolescentes no Norte do país, compartilhou experiências exitosas como ações lúdicas desenvolvidas nas unidades de internações, o trabalho de socialização por meio de atividades externas, com idas de pacientes a circo e cinemas, e o contato deles com diferentes modalidades de artes, como a ação de brincar.

Dos vários projetos pautados na humanização, a equipe do Oncológico Infantil compartilhou três cases de sucesso que lançam mão do brincar como atividade socioeducativa.

O primeiro foi o Ateliê Gaia, um espaço destinado à diversidade de atividades que proporciona às crianças hospitalizadas o contato com as artes plásticas, musicais, além de desenvolver trabalhos artesanais focados na prática sustentável.

Outro projeto foi o Percurso Lúdico, que torna a ida da criança ao Centro Cirúrgico um momento menos traumático, visto que utiliza um carrinho elétrico que faz o trajeto do leito até a sala onde será feito o procedimento.

Já o terceiro foi o projeto Colônia de Férias, que celebra o período de férias escolares com programação especial durante o mês de julho para os pacientes mirins internados.

A coordenadora do Setor de Humanização do Oncológico Infantil, a pedagoga Natacha Cardoso, considerou o momento de troca de suma importância.

“Tivemos a oportunidade de expor alguns dos nossos projetos que enfatizam a importância do brincar, pois contribui para a criança desenvolver tanto as relações cognitivas e sociomotoras, quanto ter noções prévias de cooperação, respeito, solidariedade, dentre muitos outros. É isso que precisa ser amplamente disseminado na sociedade”, comentou.

Para a brinquedista da equipe de Humanização do Oncológico Infantil, Alessandra Pinheiro, as atividades recreativas são fundamentais, principalmente para quem está na condição de hospitalização.

“Inúmeras vezes percebi que o ato de brincar foi a válvula de escape para uma situação de estresse ou de tristeza que o paciente estava. Então, isso é muito valioso e faz um bem enorme”, frisou.

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