No dia mundial contra a hanseníase, o último domingo de janeiro reforça a importância de informação no combate à doença
Um calendário de cores acompanha algumas datas comemorativas ao longo do ano para conscientização de diversas patologias. Neste mês, temos o branco que faz referência aos cuidados com a saúde mental, o verde contra o câncer de colo de útero e no último domingo do mês, 28, o roxo, para o Dia Mundial contra a Hanseníase.
O Brasil é ainda o segundo país do mundo com mais casos novos de hanseníase, de acordo com dados do Ministério da Saúde. “As dificuldades para reconhecer os sintomas da doença e a falta de informação sobre o tema dificultam o diagnóstico precoce e o tratamento adequado”, explica Gisele Abud, médica e diretora técnica da UPA Zona Leste, em Santos (SP).
- Você conhece os sinais e sintomas mais frequentes da hanseníase?
- Manchas na pele;
- Alteração da sensibilidade térmica (ao calor e ao frio);
- Comprometimento do nervo periférico;
- Diminuição de pelos e de suor;
- Sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente nas mãos e nos pés;
- Diminuição ou ausência da sensibilidade e força muscular na face, mãos e/ou pés;
- Nódulos no corpo.
A transmissão da doença ocorre quando uma pessoa portadora de hanseníase, na fase contagiosa e sem tratamento, libera o bacilo para o ambiente. A disseminação do bacilo ocorre por meios de vias respiratórias como espirros, tosse ou fala, mas não por meio de objetos usados pelo paciente. Além disso, é necessário um contato próximo e prolongado para a propagação.
Gisele Abud ressalta a importância de exames criteriosos, da coleta de material para análises laboratoriais e da atenção especial a casos em crianças, que podem sinalizar transmissão ativa da doença. Além disso, destaca que o diagnóstico de hanseníase deve ser tratado com sensibilidade, considerando o impacto psicológico para o paciente e contexto familiar.