Congresso debate sustentabilidade das unidades de saúde filantrópicas

A profissionalização de unidades de saúde filantrópicas foi o tema central que conduziu a abertura do 26º Congresso de Presidentes, Provedores, Diretores e Administradores Hospitalares de Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo, ocorrida na tarde de terça-feira, dia 2/5, em Atibaia (SP).

Organizado pela Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo), o evento atraiu no pré-congresso de abertura centenas de profissionais ligados a associações filantrópicas que atuam na saúde. A Pró-Saúde foi uma das entidades apoiadoras do evento.

Com o tema “Interdependência: Reduzindo Fraquezas, Aumentando as Forças”, o congresso, que acontece até sexta-feira, dia 5/5, debateu no dia de estreia temas importantes para as entidades, distribuídos em três salas temáticas: Filantropia: CEBAS (Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social na Área de Educação) e PROSUS (programa de fortalecimento do SUS, o Sistema Único de Saúde); Captação de Recursos; e Sustentabilidade: Engajamento e Liderança, GHG Protocol (método utilizado para realização de inventários de gases de efeito estufa) e Psicologia Ambiental.

“Este é um momento muito importante de reflexão sobre os avanços e os desafios que precisam ser superados para a sustentabilidade das entidades filantrópicas no País. Em sua 26º edição, o Congresso alcançou um nível de maturidade vital para que as discussões resultem em avanços práticos”, avaliou Regina Victorino, gerente de Filantropia da Pró-Saúde, presente na sala temática ligada à sua área de atuação.

Ela também destacou a presença dos palestrantes, que representaram o Ministério da Saúde e a Receita Federal, assim como os advogados Teresa Gutierrez e Renato Nunes, que falaram, especialmente, sobre as deliberações legais que podem fortalecer o setor. “Foram debates que encararam de frente as dificuldades cotidianas enfrentadas pelas entidades filantrópicas, desde as mais básicas às muito complexas”, disse Regina ao citar a contribuição de Maria Victoria Paiva e Brunno Carrijo, diretora e coordenador do Departamento de Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social em Saúde, respectivamente; e de Fabio Kirzner Ejchel, superintendente adjunto da 8ª região fiscal da Receita Federal.

A gerente de Filantropia da Pró-Saúde também reforçou outro discurso bastante comentado pelos presentes no pré-congresso de abertura. “A filantropia tem um papel fundamental para a saúde pública brasileira. Em um sistema tão repleto de peculiaridades, a união de todos é que pode fazer a diferença. E a realidade que está à frente de todos nós é uma só: o caminho da sustentabilidade das unidades de saúde mantidas por entidades filantrópicas passam, invariavelmente, pela profissionalização da gestão. É um caminho sem volta e esse evento reflete tudo isso”, finalizou.

A programação do primeiro dia terminou com a palestra do filósofo Luiz Felipe Pondé, que falou sobre a interdependência entre as pessoas a partir do sistema de produção e das relações humanas. Trata-se de uma situação baseada “na colaboração entre pessoas que não se conhecem e que, em determinado momento, até concorrem entre si”, criando uma relação ambivalente, própria do Capitalismo.

O 26º Congresso de Presidentes, Provedores, Diretores e Administradores Hospitalares de Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo segue até sexta-feira, 5/5, com uma agenda ampla e ainda com a realização de fóruns temáticos, que vão desde gestão de custos, comunicação, inovações tecnológicas, jurídico, gestão de pessoas e qualidade e segurança do paciente.

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