Após 53 dias de internação, dos quais 27 em coma, paciente deixa Hospital Público Estadual Galileu recuperada de atropelamento

Além das lesões causadas pelo acidente, Regina Célia venceu também o novo coronavírus

“Estou Ansiosa para ver minhas netas”, foi a frase dita por Regina Célia Batista, de 47 anos, após saber que iria receber alta nesta terça-feira (21/6), após 53 dias de internação no Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), gerenciado pela Pró-Saúde em Belém. A paciente, que deu entrada no HPEG com um quadro clínico extremamente delicado, após ser atropelada por um carro e ficar em coma por 27 dias, conseguiu vencer grandes obstáculos e ganhou uma nova chance de viver. Hoje, Regina está voltando para casa e, enfim, poderá rever suas duas netas.

Infectada pelo novo coronavírus, a paciente travou uma batalha dupla pela vida, combatendo a Covid-19 e se recuperando das lesões causadas pelo acidente, simultaneamente. Durante o seu período no Hospital Galileu, a evolução e melhora em seu quadro clínico tornou-se cada vez mais visível. Com o acompanhamento e dedicação de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e toda a equipe multiprofissional do HPEG, Regina apresentou uma melhora significativa.

“A paciente chegou necessitando de muito cuidado. Sua evolução aconteceu aos poucos, tendo apoio de toda a equipe multidisciplinar para garantir a plena reabilitação, trazendo de volta a fala, os movimentos, a consciência e também a esperança. Só temos a desejar uma boa continuidade na sua recuperação”, ressalta a Enfermeira Heloiany Tavares.

Cuidados em internações de longa duração

Certos pacientes exigem um cuidado mais específico, principalmente quando se trata de uma internação de longa duração, como foi o caso de Regina. Além disso, casos onde o paciente fica inconsciente exigem ainda mais atenção, uma vez que é necessário um cuidado especial com questões como a pele, para prevenir lesões ocasionas por pressão, com o acesso venoso, reabilitação da deglutição e estímulo ao cognitivo do usuário. Essas são práticas necessárias para a recuperação e que demandam a atuação de uma equipe multiprofissional capacitada.

“Quando o paciente está em coma os cuidados são redobrados. Temos que nos atentar durante o processo de intubação, para evitar infecções, ter cuidados com a higiene, para prevenir lesões, manipulação da dieta que o paciente terá, cuidados com a sepse, entre outros, que são essenciais para garantir uma boa recuperação”, explica a Enfermeira Danielly Nobre.

Tendo como parte de seu plano terapêutico tratamentos como fisioterapia respiratória e exercícios de fonoaudiologia, a recuperação de Regina demonstra a dedicação integral por parte de todos os profissionais envolvidos no cuidado e que se empenham, diariamente, em manter a excelência no atendimento prestado dentro do Hospital Galileu. Excelência essa comprovada com a certificação máxima ONA 3, concedida pela Organização Nacional de Acreditação (ONA).

O Hospital Público Estadual Galileu é uma unidade de retaguarda especializada em atendimentos de ortopedia, referência para casos de longa permanência, como o de Regina. Além disso, durante o pico da pandemia da Covid-19 na região metropolitana de Belém, o hospital foi completamente adaptado para atender exclusivamente casos da doença.

Projeto Âncora

Com o objetivo de dar continuidade no tratamento de pacientes de longa duração e garantir a sua total reabilitação, o Hospital Galileu promove o “Projeto Âncora”, que leva aos familiares orientações sobre os cuidados básicos necessários para se ter em casa. Horário das medicações, troca de curativos, higiene e mudanças de posição são algumas das orientações repassadas.

Tenile Batista, filha de Regina, foi escolhida para participar da capacitação. Com orientações de toda a equipe assistencial e multiprofissional do HPEG, ela poderá levar a mãe para a casa com mais tranquilidade. “Os profissionais daqui sempre foram bem atenciosos conosco, ensinando com toda a paciência os cuidados que precisarei ter com ela daqui para frente. Estou indo para a casa mais aliviada e segura”, revela.

Voltar para o topo da página - Pró-Saúde