Há uma semana, a rotina da família de Ângela Sales passou a ter o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), em Belém (PA), como uma visita frequente. O filho dela sofreu um acidente de moto e, após se operar, recupera-se na unidade de saúde, ainda sem previsão de alta. Se o ambiente hospitalar gera inevitavelmente tensão, também é capaz de fazer sorrir. É este o objetivo do projeto “Multiplicadores de Sorrisos”, desenvolvido pela unidade, por meio do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU).
O trabalho consiste em uma ação bem-humorada proporcionada pela equipe de voluntários da Trupe Palhaços Curativos que visitou as enfermarias no último sábado, 10/9. Ângela aprovou a iniciativa. “Muito legal, é uma forma de distrair. E o principal: ajuda no tratamento, pois o humor fica mais leve, sei que tem pesquisa a respeito disso. A terapia do riso funciona”, disse a dona de casa.
A Trupe Palhaços Curativos tem 15 membros voluntários, de áreas diversas. A personagem Tapinha é interpretada pela estudante de teatro, Kahwana Pantoja. Ela explicou que além de hospitais, a trupe também trabalha com asilos e comunidades. “Eu acredito que a arte leva uma forma diferente de amor e sorriso, ajudando quem a enxerga a esquecer por alguns instantes algum momento de dor. Dessa forma, pensa-se no sorriso e no amor“, garante Kahwana.
Uma das pacientes do Hospital Galileu, Élida Alves, divertiu-se com a interpretação da trupe. “Nós gostamos de sorrir, mesmo que seja um pouco. E eu sinto falta disso, porque eu sou uma pessoa divertida. Acho que essa ação deles nos ajuda a seguir no nosso tratamento”, explicou Élida, vítima de um acidente de moto.
Líder do Serviço de Atendimento ao Usuário, Rebeca Matos, explicou que o projeto irá ser desenvolvido duas vezes por mês. “Nós percebemos que o ambiente hospitalar tem o aspecto da dor, da cura. Então, não tem coisa melhor do que trabalhar outro ambiente, trazendo alegria e conversas”, avaliou Rebeca, explicando que a ação também contempla um momento de interação da equipe com os colaboradores do Hospital Galileu.
A técnica de Enfermagem, Roberta Pereira, falou da importância da iniciativa para os colaboradores e usuários do SUS. “Para os pacientes, a ação ajuda, afinal, alguns estão no leito, tristes, e sorrir alivia o sentimento. Para nós, colaboradores, também descontrai o ambiente e nos dar força para seguir trabalhando”, afirma Roberta.
