Prematura, com oito dias de vida, Aime já participa da sua primeira festa junina. Em uma iniciativa do Hospital São Luiz, unidade própria da Pró-Saúde em Cáceres (MT), ela e outros 11 bebês internados ganharam roupinhas temáticas e celebraram a festa junina com suas famílias, nesta sexta-feira (14/6).
Com a atividade diferenciada, as equipes da UTI Neonatal e do Serviço Social do Hospital São Luiz pretendem estimular o desenvolvimento da relação entre a família e o recém-nascido, além de amenizar a separação dos pais de bebês em recuperação na UTI.
Cleidion Rodrigues, pai da pequena Aime, conta que ele e a esposa Gracielly França se emocionaram ao ver a filha vestida a caráter. “É uma lembrança que vamos ter para sempre e quando ela crescer vamos contar a história dela. Sabemos que nossa filha é bem cuidada aqui, e a equipe está sempre nos orientando”, comemorou.
De acordo com a enfermeira e coordenadora da UTI Neonatal do Hospital São Luiz, Luciana de Fátima da Silva, momentos como esse ajudam os pais a adquirirem confiança e fortalecem os bebês no período delicado de recuperação. Estimulados pelo método Canguru, os bebês ficam mais calmos e relaxados, influenciando diretamente na diminuição do tempo de internação. “O contato pele com pele do método estimula o ganho de peso mais rápido e ajuda no desenvolvimento respiratório, pois ao acompanhar a respiração da mãe, o bebê aprende com ela. O vínculo afetivo entre eles também é fortalecido”, destaca.
Os recém-nascidos prematuros do Hospital São Luiz são de famílias originárias de municípios vizinhos a Cáceres e, também, da Bolívia. Aqui, são atendidos por uma equipe multidisciplinar que conta com médicos, psicólogos, assistente social, enfermeiros, técnicos de enfermagem, fisioterapeutas, nutricionistas, fonoaudiólogos entre outros.
Além de todos os cuidados assistenciais necessários para os bebês, suas famílias também recebem atenção por meio de vários projetos de humanização. “O objetivo é reduzir ao máximo o impacto emocional dos pais diante da internação de seus filhos, bem como estimular os profissionais da saúde a realizar ações de integração e acolhimento humanizado”, afirma Ana Alice Sampaio, assistente social do Hospital São Luiz.
