Evento da CIHDOTT reúne familiares de doadores de órgãos e tecidos

 A equipe da Comissão Intra-Hospitalar de Doações de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, no Rio de Janeiro, promoveu um encontro no dia 28 de abril, no auditório da unidade, com as famílias que autorizaram e as que não autorizaram a doação dos órgãos de seu familiar com diagnóstico de morte encefálica. O evento, nomeado como Roda de Conversa, reuniu informações sobre como essas famílias – atendidas pela CIHDOTT do HEAPN no período compreendido entre agosto de 2013 e março de 2014 – convivem com a decisão de autorização ou negativa da doação.

 

De acordo com o Coordenador Médico do CIHDOTT- HEAPN, Jorge Alves, essa interação será objeto de estudo, com produção de artigos já com temas provisórios. “Nosso objetivo é procurar entender e registrar os motivos que os fizeram autorizar ou negar a doação e se hoje estão com uma nova concepção sobre suas decisões”, explica.

Além da interação dos profissionais com os familiares, palestras sobre humanização, cuidado, família e a importância da doação de órgãos no Brasil e no Mundo foram ministradas pelos profissionais da CIHDOTT da unidade e do Programa Estadual de Transplante (PET),

Rodrigo Sarlo, Coordenador do PET reafirmou a importância da doação e ponderou a situação da fila de transplante no país. “No Brasil existem 24 mil pessoas, atualmente, na fila de transplante. É muito importante uma família dizer sim para doação, não sabemos o dia de amanhã. O momento da decisão é muito importante para todos nós.”

Agostinho Lelis, transplantado há um ano, contou emocionado como foi receber a notícia da necessidade de um transplante. “Eu tinha câncer no fígado, me deram dois meses de vida. Mas eu fui sortudo, em 90 dias eu fui transplantado. Se não fosse a doação de alguém, eu não estaria aqui”, disse. Peço que as pessoas tomem consciência da importância de doar. É uma forma de ajudar as pessoas a renascer.”

Prêmio em Captação de Órgãos – Em 2012, o HEAPN superou 11 estados brasileiros, realizando 24 captações entre doadores (38 rins, 15 fígados e 2 corações), o que o levou a receber o prêmio “Destaque da Doação de Órgãos” pelo Ministério da Saúde.

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