O Hospital Estadual Getúlio Vargas (HEGV), localizado no Rio de Janeiro (RJ), promoveu um treinamento intitulado “Implantes e Explantes – Desafio Cotidiano do CC e CME”.
Neste evento foi definido o novo fluxo relacionado à segregação, descarte e destinação final dos explantes cirúrgicos, cujos métodos foram preparados em conjunto com os responsáveis pelas áreas envolvidas. Após o explante ser considerado resíduo inservível, ele é encaminhado a uma empresa especializada no tratamento de explantes, para a manufatura reversa.
Segundo a coordenadora do Bloco Cirúrgico, Daniele Madureira da Silva Lacerda, até o ano de 2012, os explantes cirúrgicos eram classificados e tratados como resíduos perfurocortantes, com características de risco biológico. Ela contou que, neste período, não havia uma resolução específica que tratasse do manejo dos resíduos oriundos dos explantes. O amparo legal que os serviços de saúde tinham para consulta era a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 306 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), que não abordava sobre este resíduo, visto que os mesmos eram classificados como resíduos contendo material biológico e, portanto, eram descartados em recipiente destinado a resíduo infectante (RDC nº 306, 2004).
Com a publicação da RDC nº 15, em 2012, foram dadas tratativas diferenciadas para este tipo de resíduo, com prazo para as adequações até março de 2014. Este material, após explantado, é encaminhado à Central de Material Esterilizado (CME) para ser submetido ao processo de esterilização para eliminação de microrganismos. Entretanto, há a possibilidade de entrega ao paciente mediante solicitação formal. O fluxo e a destinação correta destes materiais são realizados de para atender a norma vigente, e o cronograma de atividades do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde (PGRSS) para contribuir com a preservação do meio ambiente.
O HEGV é o segundo hospital do Estado do Rio de Janeiro a adotar a avaliação do grau de sustentabilidade para o descarte de explante.
