Iniciativa socioambiental favorece a geração de renda extra para público da terceira idade

Uma parceria entre o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG) e a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (SEEL) vai levar para cerca de 1.200 idosos do programa “Vida Ativa”, a oportunidade de aprender a reutilizar sacos plásticos para produzir artigos decorativos, como tapetes, bolsas, americanos, puxa-sacos e o que mais a imaginação permitir. A iniciativa teve início nesta quinta-feira, 13/9, em um dos núcleos do programa, localizado na ASALP – Associação dos Servidores da Assembleia Legislativa do Pará, em Ananindeua (PA).

A oficina foi ministrada pela Gerente de Apoio do Hospital Galileu – gerido pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar – e responsável pela iniciativa, Giovana Bressan. “Tínhamos um grande volume de sacos plásticos utilizados apenas para embalar roupas limpas, e que depois eram descartados. E como um dos princípios fortes da instituição é a sustentabilidade, vimos que poderíamos utilizar esse material para confeccionar materiais que produziriam essa logística reversa”, explicou.

A Unidade enviará uma média de 1.000 sacos plásticos por mês, que antes paravam no lixo e, agora, serão utilizados nas oficinas que acontecerão também nos demais quatro núcleos do programa “Vida Ativa”, em Belém, e ministradas por professores da SEEL. “As oficinas manuais eram algo que já queríamos agregar ao projeto, mas ainda esbarrávamos na questão do material. E, quando o Hospital Galileu nos procurou com esse projeto, de uma maneira simples, onde doariam esse material para a gente, foi ideal”, afirmou a coordenadora do programa “Vida Ativa”, Liane Costa.

A nova oficina manual agradou aos participantes do programa, que vieram preparados para a aula. “Quando fiquei sabendo que ia ter a oficina, comprei logo agulha e linha para vir. Achei ótima a ideia. Eu sei costurar, mas não sei fazer ponto de crochê, então vou ficar olhando o dos outros para aprender”, contou sorrindo, a aposentada Maria Lucilene da Silva Sampaio, 71 anos, que mora próximo a ASALP e frequenta o espaço há cerca de cinco anos, onde faz hidroginástica e exercícios de memorização. “Eu achei ótimo ter mais essa oficina, porque a pessoa pode fazer disso um meio para ganhar uma rendinha extra”, disse.

A aposentada Maria da Conceição Viana Lages, 68 anos, também aprovou a iniciativa. Ela que já sabe fazer crochê, se familiarizou rápido e logo começou a fazer os primeiros pontos. “Se mais pessoas tivessem a iniciativa de reaproveitar esses materiais e, dessa forma, ensinando outras pessoas como produzir novos produtos, artigos decorativos, seria excelente, porque serve até como um ofício para ganhar um dinheiro extra, aumentar a sua renda”, destacou.

A vontade de participar do grupo chamou a atenção da Gerente de Apoio do Hospital Galileu, Giovana Bressan, o que supera as expectativas dela. “Ver a alegria deles, o interesse e a vontade de querer aprender foi maravilhoso. Tinham muito idosos que não sabiam fazer, mas estavam ali com a sua agulhinha, sua tesoura, demonstrando com isso a vontade deles, e a vontade de contribuir de uma forma ou outra”, declarou.

Semana do Idoso

O material produzido na oficina já tem data para ser exposto. A Semana da Pessoa Idosa, que acontecerá nos dias 1, 2 e 3 de outubro em um shopping da capital, será o momento de exibir as primeiras peças, como também, integrar os diversos grupos de idosos espalhados pela capital.

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