Especialistas discutem tratamento do câncer em Fórum no Hospital Oncológico Infantil

Pelo terceiro ano consecutivo, importantes nomes da medicina oncológica infantojuvenil do País estiveram reunidos em Belém (PA), para o Fórum de Oncopediatria, realizado pelo Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, com o objetivo de possibilitar a troca de experiências entre profissionais na discussão de casos clínicos.

Com dois dias de debates encerrados na quinta-feira, 30/8, o Fórum fortalece as práticas de gestão adotadas na unidade. “O Hospital Oncológico Infantil se dedica exclusivamente ao tratamento de crianças e adolescentes com câncer e é uma das unidades com maior registro de novos casos por ano. Isso nos traz uma responsabilidade de nos desenvolvermos rapidamente e o Fórum é esse momento de discussão e atualização de nossas equipes com a troca de experiências com as principais autoridades brasileiras na oncologia pediátrica”, disse a diretora-geral da unidade, Alba Muniz. 

A presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE), Teresa Cristina Cardoso, foi uma das especialistas convidadas para a terceira edição do Fórum de Oncopediatria e ressaltou a importância do encontro para os profissionais. “Foi um Fórum com uma metodologia interessante que possibilitou construirmos algo em conjunto para esse hospital que é referência no Pará e tem potencial para ser referência no Brasil, por ter uma equipe de profissionais disposta a fazer a diferença e por ter uma gestão consolidada, que aproxima a assistência da administração e isso é fundamental”, disse Teresa. 
Convidada pela primeira vez para participar do Fórum, a médica Thereza Cabedo volta para o Instituto de Tratamento do Câncer de São Paulo (ITACI) satisfeita com as discussões. “Além de ter sido um fórum com alto nível de debates, pude conhecer o Hospital Oncológico Infantil e volto impressionada com estrutura e a gestão da unidade”, contou. 

Além de casos clínicos discutidos pela equipe de médicos especialistas da unidade gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, o Fórum também proporcionou debates com temas voltados à bioética e à saúde do profissional. “A oncologia pediátrica ganha muito com a integração de pessoas que buscam melhorar esse serviço no Brasil. E essa é uma região que precisa de iniciativas como essa, que proporcionam um salto considerável na qualidade do atendimento ao paciente”, ressaltou a médica oncologista pediátrica Carmem Fiori, do Hospital do Câncer de Cascavel (UOPECCAN).

Para quem atua na unidade, a troca de experiências que o Fórum proporcionou, além de ampliar conhecimentos foi uma oportunidade de mostrar para a equipe, os resultados do trabalho. “Esse tipo de encontro é fundamental para percebermos que o cuidado ofertado aos nossos pacientes está convergindo com a realidade de grandes centros de oncologia do País”, destacou Patrícia Carvalho, diretora Clínica na unidade.

Comissão de Bioética

Durante esta terceira edição do Fórum de Oncopediatria, a diretoria do Hospital Oncológico Infantil fez o lançamento da Comissão de Bioética da unidade. Formada por profissionais de diferentes especialidades médicas da unidade, representantes da sociedade e do Conselho Regional de Medicina, a Comissão de Bioética do Oncológico Infantil será a primeira implantada em hospital do norte do País. 

“Na oncologia precisamos estar conscientes de que nem todos os pacientes serão curados. Por isso, é preciso ampliar a visão e enxergar todos os aspectos envolvidos em determinadas decisões. A Comissão de Bioética será o nosso ponto de apoio para que as escolhas sejam cada vez melhores para o paciente, a família e o profissional”, argumentou a diretora Alba Muniz. 

Presidente da Comissão de Bioética Clínica do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco, Josimário Silva foi o convidado para falar sobre os desafios da bioética e a importância da implantação de uma Comissão Hospitalar sobre o tema. “A sociedade atual tem voz e precisa ser ouvida. No dia a dia da medicina, nem sempre se chega a um consenso e a Comissão possibilita esse momento para diálogo e reflexão. É uma missão árdua para quem se propõe a fazer, mas tenho certeza que está em boas mãos”, afirmou Josimário. 

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