Voluntariado cresce e transforma vida de pacientes em hospitais públicos no Pará

Escrito e ensinado de várias formas, o amor ao próximo foi o que mobilizou mais de sete milhões de pessoas para o trabalho voluntário no Brasil, em 2017. Os dados são do módulo Outras Formas de Trabalho, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), que apontou ainda região Norte com a maior taxa de realização de trabalhos voluntários, com 5,6%.

A pesquisa considera o trabalho voluntário aquele que realizado de forma facultativa, por pelo menos uma hora durante a semana, sem remuneração em dinheiro ou benefícios, e que produza bens ou serviços para terceiros.

É esse tipo de trabalho que vem transformando o dia a dia de hospitais públicos no Pará e, a cada ano, ganha novos adeptos. Na Região Metropolitana de Belém, por exemplo, os hospitais Galileu, Metropolitano de Urgência e Emergência e o Oncológico Infantil Octávio Lobo, gerenciados pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, contam com mãos de 200 voluntários para a realização de atividades lúdicas e religiosas.

Lucas Meireles é voluntário no HMUE desde 2016. Integrante da Trupe de Palhaços Curativos, o jovem diz que o primeiro passo para se tornar voluntário é a coragem. “Fazer o outro rir e lutar por uma causa trazem uma recompensa além dos valores materiais. Nos completa e nos enche de entusiasmo para sermos melhor todos os dias”, aponta. Para Lucas, é por meio da prática que o voluntariado se torna um ato natural. “O voluntariado não é um dom, é prática”, completa.

Também foi por meio da prática e do convívio com os pacientes que as integrantes do grupo Anjos da Enfermagem, aprenderam a importância do voluntariado. Experiência que vão levar para o restante do curso que estão fazendo na Universidade do Estado Pará (UEPA). “Nunca imaginei que viveria tudo o que vi aqui. Apesar de fazermos o curso de enfermagem, o cuidado que trazemos para eles é amor e humanização, que é o que levar para minha vida para ser uma profissional melhor, sabendo que pequenos gestos podem mudar o dia de uma pessoa”, disse Elizandra Carvalho.

Responsável pelo desenvolvimento do Programa de Voluntariado no HMUE, a coordenadora de Projetos Sociais, Roberta Cardins, ressalta a importância do gesto destas pessoas. “Quando temos saúde está tudo certo, mas quando há desequilíbrio nisso, o ser humano fica mais fragilizado”, fala. Segundo a coordenadora, a presença dos voluntários minimiza os períodos de internação e a distância de familiares”, destacou a coordenadora.

O trabalho do voluntário é de extrema importância dentro das unidades de saúde, explica a responsável pelo setor de humanização do Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), Lidiana Ferreira, que acrescenta que essa ação contribui para o tratamento do paciente, pois se sente renovado e fortificado. “Aqui, temos ações voluntárias não fixas e, sim, esporádicas no hospital. Por exemplo, já pudemos contar com atividades de massoterapia, musicoterapia, ações de auto estima e de entretenimento e grupos religiosos”, ressalva a profissional.

 

Voluntariado no interior

Com cerca 60 pessoas dividas em grupos de música como recurso terapêutico, artesanato, estética, meio ambiente e risoterapia, o voluntariado também tem feito a diferença para quem faz tratamento nos hospitais públicos regionais do Sudeste do Pará (HRSP), em Marabá, e do Baixo Amazonas, em Santarém. 

Jacenir Rodrigues faz parte do grupo “Filhos da Caridade”, que atua no HRSP. Para ele, poder fazer da música um instrumento de transformação e alegria, é também uma forma de reflexão. “Cada vez que eu venho aqui, volto para casa com uma bagagem muito grande de experiências de vida que mudam o nosso olhar perante a vida de forma geral”, conta ele.

Para o diretor Hospitalar do HRSP, Valdemir Fernille Girato, em mais de um ano de ações do Programa de Voluntariado na unidade, os resultados vão além do conforto ao paciente. “Tivemos um importante ganho no atendimento ao paciente, pois as ações levam conforto e aconchego a eles, ajudando a diminuir o seu tempo de internação e, consequentemente, o custo do tratamento”, ressalta.

 

Dia Nacional do Voluntariado

Na próxima terça-feira, 28 de agosto, comemora-se o Dia Nacional do Voluntariado. Para celebrar a data, além da homenagem, os hospitais Oncológico Infantil Octávio Lobo e Regional do Baixo Amazonas irão formar e orientar voluntários sobre o Programa de Voluntariado da Pró-Saúde e orientações sobre legislações da área da saúde e políticas internas das unidades.

O curso no Oncológico Infantil será realizado neste sábado, 25/8, e deve formar cerca de 25 novos voluntários. Em Santarém, no Regional do Baixo Amazonas, o curso será realizado do dia 6/9, quando a unidade irá lançar edital para seleção de novos voluntários.

 

Sobre a Pró-Saúde

A Pró-Saúde é uma das maiores entidades de gestão de serviços de saúde e administração hospitalar do País. Fundada em 1967, como Associação Monlevade de Serviços Sociais, em João Monlevade (MG), a Pró-Saúde é uma entidade sem fins lucrativos. Tem sob sua responsabilidade 2.068 leitos e o trabalho de cerca de 16 mil profissionais, sendo 2,9 mil médicos, além de reunir um dos maiores quadros de administradores hospitalares do Brasil, contribuindo para a humanização do atendimento hospitalar, em especial do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com excelência técnica e credibilidade nacional, é uma entidade filantrópica qualificada como Organização Social de Saúde (OSS) e oferece uma gama de serviços em benefício da vida. A atuação na área de administração hospitalar tornou a entidade amplamente reconhecida no setor, permitindo que a Pró-Saúde ofereça a mesma qualidade em assessoria e consultoria, planejamento estratégico, capacitação profissional, diagnósticos hospitalares e de saúde pública, gestão de serviços de ensino e muitos outros. A entidade faz a gestão de quatro Centros de Educação Infantil, em São Paulo, cidade em que também fica localizada a sua Sede Administrativa.

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