Em seis meses, Samu atendeu mais de 560 chamados de acidente doméstico com pessoas idosas em Mogi das Cruzes

Em seis meses, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de Mogi das Cruzes, em Mogi das Cruzes (SP), atendeu 566 ocorrências de queda envolvendo pessoas com 60 anos ou mais. Foram 79 casos de quedas de altura e 487 casos de quedas da própria altura, que normalmente acontecem em ambiente doméstico. No próximo dia 26 de julho, comemora-se o Dia dos Avós e a data serve de alerta para o cuidado à saúde dos idosos, como forma de prevenção de acidentes.

Os dados do Samu mostram que as quedas entre idosos de 60 anos foram as mais frequentes no período analisado: 39 casos. Quando a ocorrência é de queda de altura, a faixa etária também foi a que mais registrou casos no semestre: foram nove ocorrências. “É uma faixa etária em que os idosos ainda estão bem ativos. Muitos são recém-aposentados e, por isso, procuram atividades dentro de casa para ocupar o tempo. Muitas vezes acabam subindo em escadas, em locais altos, sem se darem conta de que já possuem limitações próprias da idade”, explicou a fisioterapeuta da UnicaFisio, Érica Cardoso de Freitas.

Imunidade mais baixa, processo de perda muscular, história prévia de quedas, baixa aptidão física, má visão, uso de medicamentos como sedativos, hipnóticos, ansiolíticos e polifarmácia, além de ambientes inseguros são alguns fatores que aumentam a probabilidade de queda.

Foi o que aconteceu com a aposentada Luiza de Jesus Souza, de 74 anos. Há cinco meses, ela escorreu dentro de casa e quebrou o fêmur. “Tinha uma goteira no teto, o chão ficou molhado e eu não vi na hora de levantar. Escorreguei e tive a fratura”, contou.

Há quase dois meses, ela iniciou o tratamento fisioterápico na UnicaFisio, e já está andando com a ajuda de muletas. “Fiquei um bom tempo sem conseguir andar, mas depois que comecei a fisioterapia já melhorei bastante. Já estou voltando a apoiar o peso do corpo no lado da perna onde tive a fratura. Depois da queda, meu filho consertou o vazamento e retiramos os tapetes de casa para evitar escorregões”, comentou.

Fazer exercícios físicos e tomar medidas preventivas contra acidentes domésticos são ações essenciais para a saúde dos idosos. Isso porque, segundo a fisioterapeuta Gabriela Calazans, o próprio processo de envelhecimento afeta a recuperação de pessoas com 60 anos ou mais após um trauma. “Tudo a partir dessa idade se torna naturalmente mais lento. Os movimentos, a velocidade. Então é preciso fazer exercícios para recompor a perda muscular que se tem e evitar situações que possam resultar em trauma, porque um idoso pode vir a ter outras complicações de saúde enquanto se recupera de uma fratura, por exemplo”, explicou.

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