Oncológico Infantil tem palestra sobre novo protocolo de morte encefálica

Mesmo para os médicos mais experientes, o diagnóstico de morte cerebral de um paciente é um processo que sempre traz discussões. “A morte encefálica é um tema difícil de lidar, principalmente na pediatria, temos que estar preparados para explicar todo esse processo da melhor forma para as famílias”, explicou a diretora clínica do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, Patrícia Carvalho.

Patrícia é uma das médicas do corpo clínico do Hospital Oncológico Infantil que participou de palestra sobre o ‘Novo Protocolo de Morte encefálica’, realizada na última semana, no auditório da unidade, que é gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospital, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). A palestra foi ministrada pelo relator do texto do novo protocolo, o médico neurologista Hideraldo Cabeça.

Publicado pelo Conselho Federal de Medicina, em dezembro de 2017, o protocolo apresenta critérios mais rígidos no diagnóstico de morte encefálica de um paciente, garantindo maior segurança para os profissionais e para a família do paciente. “Nos últimos 20 anos, o Brasil teve mais de 100 mil diagnósticos de morte encefálica. Isso trouxe uma sedimentação na compreensão do assunto. Ao longo dos últimos anos, trouxemos o que há melhor no mundo para essa nova resolução, trazendo segurança para o médico e para a sociedade”, ressaltou Hideraldo Cabeça,

Uma das principais mudanças do protocolo está no tempo de observação do paciente com suspeita de morte cerebral, que deve ser de no mínimo seis horas, com atenção para a temperatura corporal, apneia persistente, entre outros pontos de avaliação.

A médica intensivista do Oncológico Infantil, Regina Monteiro, acompanhou a palestra até o final e falou sobre a importância da palestra e do espaço para debater com outros médicos da unidade. “Discutirmos esse protocolo é importante, mesmo para os médicos mais experientes, porque esclarece dúvidas e nos prepara para atuarmos de forma correta como equipe, e para lidarmos da melhor forma com as questões que podem ser levantadas pelos familiares do paciente”.

 Treinamentos

A rotina de palestras e treinamentos para médicos e profissionais da área assistencial do Oncológico Infantil é constante. Para este ano, os novos treinamentos serão definidos com base nas necessidades de cada equipe. “Precisamos debater alguns temas todos os dias e ampliarmos a discussão para os médicos. Estamos conversando com todo o corpo clínico e queremos ouvir deles, as necessidades de treinamento para fechar a agenda de capacitações de 2018”, finalizou a diretora clínica, Patrícia Carvalho.

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