Pacientes em recuperação no Hospital Galileu recebem ação de beleza

O operador de máquinas Fábio da Silva, 38 anos, estava em sua casa quando um muro caiu em cima dele, quebrando suas pernas e braços. “Se for somar o período que passei no Hospital Metropolitano e depois aqui, no Hospital Galileu, já vou fazer três meses dentro de hospital”, conta ele, que ainda segue em tratamento no Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), em Belém (PA).

Com tanto tempo hospitalizado e ainda sem previsão de alta, Fábio ficou entusiasmado quando foi informado que seria realizado um dia especial voltado para beleza dos pacientes, com cortes de cabelo e barba, dentro do hospital. A ação aconteceu esta semana, em 30/1, e Fábio foi um dos primeiros a se dirigir para o salão de beleza improvisado na área externa da unidade. “Foi bom demais, ajuda muita gente que como eu não pode sair do hospital, pois está se recuperando. Eu gostei muito”, declarou.

Assim como ele, o mestre de Obras Adeilson Almeida, 52 anos, que deu entrada no Hospital Galileu após sofrer um infarto, estava entusiasmo com a ação. “Toda ação social é importante para levantar a autoestima da comunidade, ainda mais aqui, onde as pessoas estão hospitalizadas, e quando saem com o cabelo cortado já ficam com a autoestima mais elevada, porque aquilo ali levantou o astral dele. Eu acho uma benção”, afirmou.

Humanização

A unidade gerida pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), realiza a ação voltada para a beleza a cada dois meses, em média, como forma de melhorar a autoimagem dos pacientes e estimular sua recuperação. “A gente percebe que quando eles saem da ação já vêm com um humor diferente”, ressalta a assistente administrativa da Humanização, Lidiana Ferreira.

Além das ações de beleza, a Pró-Saúde desenvolve no Hospital Galileu outros projetos voltados para os usuários da unidade, como contação de histórias, Cine Galileu, Musicoterapia, palestras, entre outros. O objetivo é sempre o mesmo, humanizar o ambiente hospitalar e auxiliar a recuperação dos pacientes. “Todas essas ações são voltadas para promover o bem-estar, e a gente percebe que eles gostam, participam, dão sugestões”, comenta Lidiana Ferreira.

Para Wellington Souza, 35 anos, instrutor do Instituto Mix, que atua há três anos na área de barbearia, e pela primeira vez participou como voluntário de uma ação de beleza no hospital, o ato de se voluntariar é importante pelo viés social, para ajudar o outro.

“Foi nossa primeira ação social em parceria com o hospital, acreditávamos que poucas pessoas procurariam o serviço, porque às vezes ficam com receio de não gostar, mas o pessoal aceitou bem, gostaram dos cortes e nós ficamos muito felizes”, finalizou o instrutor.

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