”Dia da Beleza” renova autoestima de usuárias e acompanhantes no Oncológico Infantil

Para algumas mulheres, o simples fato de passar um brilho nos lábios ou um batom de uma cor especial é o suficiente para fazê-las se sentirem melhores em qualquer ocasião. E se os lábios começarem a retomar a cor natural, um retoque básico na cor ou no brilho, já as deixa seguras de si novamente.

Mesmo a aparência não sendo parte mais importante de ninguém, ela ainda tem um peso grande quando o assunto é autoestima. E para quem luta contra o câncer ou tem que acompanhar um familiar em tratamento, o peso pode ser ainda maior. O problema é que às não vezes não sobra tempo para pensar em detalhes como esse.

Para as usuárias do Oncológico Infantil e suas acompanhantes, a tarde da última quinta-feira, 18/1, foi reservada para voltar a pensar nesse detalhe, mas não só isso. O ''Dia da Beleza'' trouxe a imaginação se tornando realidade e o reencontro com sorrisos que estavam perdidos.

No mercado há mais de dez anos, a voluntária Sachenka Levtchenko sempre acreditou no poder da maquiagem para elevar a autoestima da mulher. “A maquiagem é como se fosse a segunda alma de uma mulher. Uma mulher bem maquiada, tem a autoestima elevada”, revelou a maquiadora.

Há dois anos acompanhando o filho L.S., de 16 anos, em tratamento no Oncológico Infantil, Laudicéia Santana aproveitou a ação com a voluntária para experimentar uma nova maquiagem, algo que sempre gostou de fazer, mas que acabou deixando de lado por causa da rotina vivida no hospital. “A gente fica tanto tempo aqui dentro, vive tanta coisa que acaba não pensando nisso. Em momentos de lazer como esse, a gente acaba esquecendo um pouco dessa rotina, muitas vezes intensa”, disse a acompanhante feliz ao se olhar no espelho. 

Psicóloga no Oncológico Infantil, unidade gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), Maíra Amaral acompanhou a atividade de perto e falou sobre os resultados positivos que esse tipo de ação pode trazer para o tratamento. “Uma ação recreativa como essa ajuda a minimizar todo esse processo de hospitalização que, em função do tempo de tratamento, pode acabar trazendo alterações no humor de usuários e acompanhantes. Quando proporcionamos algo diferente, capaz de mexer com a autoestima, muitas vezes abalada pelas perdas que o câncer traz, a gente percebe uma reação satisfatória ao processo de tratamento e isso acaba influenciando positivamente”, concluiu a psicóloga. 

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