Flash mob’ surpreende e emociona usuários do Hospital Galileu

Uma ação realizada no Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), em Belém (PA), nesta segunda-feira, 18/12, emocionou pacientes e acompanhantes, que se surpreenderam quando um grupo de pessoas que se encontrava na recepção da unidade, aparentemente aguardando consulta, começou a dançar e cantar louvores de Natal. A ação denominada de flash mob natalino foi realizada pelo segundo ano consecutivo na unidade por voluntários do grupo Umadecin (União de Mocidade da Assembleia de Deus da Cidade Nova).

O eletricista Patrick Moraes, de 38 anos, que acompanhava o filho de dez anos, para uma consulta, ficou emocionado com a ação. “Saí hoje de casa com muitos problemas e essa foi a resposta que eu esperava. Vou contar para todos o que aconteceu aqui hoje”, afirmou Patrick, que há seis meses frequenta a unidade acompanhando o filho.

O filho de Patrick teve uma síndrome rara chamada Legg Calve’ Perthes – uma doença degenerativa que provoca a diminuição da cabeça do fêmur. Está em fase pós-operatória, de reabilitação, e não apresenta quadro de dor. “Graças a Deus meu filho está curado. Era uma doença que muitos diziam que não tinha cura, gastei muito dinheiro em hospitais particulares, mas ele veio encontrar a cura em um hospital público, e eu só posso agradecer por todo o cuidado que ele e eu recebemos aqui”, declarou emocionado, Patrick Moraes.

O coordenador da Ortopedia e chefe do Serviço de Reconstrução e Alongamento Ósseo do HPEG, Marcus Preti, foi o médico que atendeu o filho de Patrick. Ele conta que o menino já está andando bem e que começará as sessões de hidroterapia em breve. E fala que ações de humanização como o flash mob são importantes para a recuperação e bem-estar dos pacientes e de seus familiares. “Esses momentos de resgaste através da fé e da música são muito importantes, porque amenizam a dor daquele momento e refletem no bem-estar e na melhora do paciente. É uma das formas de colocarmos em prática a humanização, renovarmos as esperanças e entendermos que situações de enfermidades são passageiras”, ressaltou.

E não é só acompanhante e paciente que se emociona com a ação. O voluntário André Lopes, de 27 anos, que participa do grupo Umadecin há dez anos, afirma que participar de um flash mob dentro do hospital é a realização de um antigo sonho. “Eu sempre quis vir e, hoje, estou realizando meu sonho pela segunda vez, porque ano passado também participei. É gratificante, não tem dinheiro que pague, só o fato de chegarmos aqui e algumas pessoas receberem isso, se emocionarem, pedirem que a gente faça uma oração, é maravilhoso”, disse.

A líder do grupo, Maryane Silva de Matos do Nascimento, 29 anos, conta que sempre se identificou com o trabalho voluntário e, como é também enfermeira, enxerga os hospitais como locais onde o trabalho voluntário é mais do que necessário. “Tem pessoas que estão no hospital e não vem familiar visitar, ficam sem esperança, totalmente debilitados do corpo, da mente, e da alma. Então, quando a gente vem aqui, além de se sentir útil, compartilha essa mensagem de esperança, para que elas se sintam pessoas importantes e lembradas”, finalizou.

Voluntariado

O Hospital Público Estadual Galileu (HPEG) é gerido pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). A unidade é uma das quatro do estado no qual está implantando o programa de Voluntariado da Pró-Saúde. Atualmente, cerca de 240 voluntários estão inscritos no programa em quatro hospitais no Pará. As diretrizes do programa de Voluntariado são baseadas na Lei do Voluntariado, de 18/2/1998, que busca assegurar a valorização e crescimento dos participantes e dos usuários.

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