Hospital Galileu recebe médico referência em Cirurgia Torácica

Com um ano recém-completado em novembro, o programa de Cirurgia de Traqueia do Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), localizado em Belém (PA), recebeu neste sábado, 2/12, o cirurgião torácico e diretor do Centro de Transplantes da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, José de Jesus Peixoto Camargo. O médico, mais conhecido como J. J. Camargo, é referência no País em cirurgias de traqueia e foi convidado pelo hospital para, juntamente, com os cirurgiões da unidade, operar dois casos de estenose da traqueia.

Em ambos os casos, eram indicados a utilização da técnica desenvolvida pelo próprio cirurgião, que consiste em reconstruir o tecido inflamado, o que dispensa o uso de prótese nesses casos, e ainda alcança uma revolução fantástica ao permitir que os pacientes saiam da cirurgia já sem cano.

De acordo com o médico cirurgião do programa de Cirurgia de Traqueia do Hospital Galileu, Roger Normando, a ideia de convidar o médico para vir a Belém e ao Hospital Galileu surgiu pelo fato da equipe já estar aplicando esta técnica em seus pacientes. “É uma técnica operatória complexa, de um autor brasileiro, e que está ganhando o mundo, daí surgiu a ideia de convidá-lo para assistir nosso programa e operar alguns casos, nos quais ele pudesse aplicá-la”.

J. J. Camargo contabiliza mais de mil cirurgias em toda a sua carreira, e está chegando a 100 pacientes operados com a sua técnica. Ele parabenizou a iniciativa do Hospital Galileu de desenvolver continuamente os seus cirurgiões trazendo médicos de outros polos à unidade. “Eles têm trazido a Belém pessoas de outros centros, com experiência reconhecida para se sentirem sempre mais seguros, o que é uma marca do cirurgião. O cirurgião sempre aprende alguma coisa quando treina com alguém experiente. Eu estou com mais de 40 anos de cirurgia e não canso de aprender”, afirmou.

O programa voltado para cirurgias de traqueia do Hospital Galileu é o único do estado do Pará, e um dos poucos da região norte e nordeste. A unidade, que é 100% SUS e gerida pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), realiza uma média de 15 a 20 cirurgias de traqueia por mês, além de atendimentos ambulatoriais e exames especializados.

“Isso é uma coisa louvável, pois permitiu que se crie um centro em que há possibilidade de tratar pessoas que eram uma demanda reprimida desde sempre. Eu acho essa iniciativa do Governo do Estado de criar um centro, que é um polo de manejo dessa complicação específica, uma coisa extremamente elogiável”, ressaltou J. J. Camargo.

O cirurgião ainda elogiou a equipe que faz parte do programa de Cirurgia de tranqueia do Hospital Galileu. “Estou muito contente de estar aqui, gosto muito desse grupo, são pessoas muito boas do ponto de vista de qualificação, e muito interessadas em resolver problemas, o que é uma coisa que é exigência básica de quem trabalha em um  País subdesenvolvido, temos que ter o espírito da solução dos problemas”, declarou.

Para quem atua no hospital, como o cirurgião torácico, Marco Antônio Tavares, a oportunidade de operar ao lado de um dos maiores nomes da área no país foi de um ganho imensurável. “É um prazer indescritível tê-lo conosco, uma pessoa que é um exemplo de cirurgião torácico a ser seguido, uma fonte de inspiração. Faltam até adjetivos para dizer o quanto eu o admiro”, concluiu.

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