2º Fórum de Oncopediatria evidencia importância do Hospital Oncológico Infantil para o Pará

Um Fórum de Oncopediatria realizado no coração da Amazônia, com palestras de profissionais renomados no país inteiro, debatendo assuntos inovadores e o cenário nacional e regional da Oncologia Pediátrica. Essa foi a proposta do 2º Fórum de Oncopediatria, realizado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, por meio do Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, na última quarta-feira, 25/10, no Teatro Estação Gasômetro, em Belém (PA). A iniciativa faz parte do projeto '50 Ações do Bem', desenvolvido neste ano de 2017 em comemoração aos 50 anos da Pró-Saúde.

Contando com mais de 150 participantes e com sete palestras na programação, entre elas do diretor do Hospital de Câncer Infantojuvenil de Barretos, Luiz Fernando Lopes; do coordenador médico do Instituto do Câncer Infantil (ICI), Alejando Arancibia; e do professor da Universidade Federal de Pernambuco, Josimário Silva; o evento tratou de temas como linfoma de Hodgkin, mielodisplasia em crianças e adolescentes, e Bioética X Terminalidade.

Para a pediatra do Oncológico Infantil, Delana Tavares de Miranda, que participou da programação o dia inteiro, iniciativas como essa são enriquecedores para todos os profissionais do Oncológico Infantil, assim como para toda a área médica do Estado. “É muito legal o que está acontecendo aqui. Possibilita que possamos aprender mais, ver a experiência dos outros centros e também crescer junto com eles. De modo geral, para todas as equipes que trabalham conosco, foi muito enriquecedor”, afirmou a pediatra.

O presidente do 2º Fórum de Oncopediatria, José Miguel Alves Júnior, avaliou com entusiasmo o resultado do evento. “Esse 2º Fórum de Oncologia veio mostrar o que já conquistamos nesses dois anos, a gente já consegue enxergar os primeiros resultados dentro do tratamento a partir do início do Oncológico Infantil. Além disso, colocamos na programação assuntos inovadores, como Bioética, Terminalidade, e a Transdisciplinaridade no atendimento do paciente”, explicou.

Sobre a realização do Fórum, a diretora-geral do Oncológico Infantil, Alba Muniz, contou que o desejo de produzir conhecimento para os profissionais do Estado sempre foi um dos objetivos da unidade. “Antes mesmo do hospital abrir as portas para os pacientes, o nosso objetivo era que teríamos uma assistência de qualidade, mas que faríamos também estudo, pesquisa, desenvolvimento, que nós não teríamos medo de fazer esse enfretamento do conhecimento”, revelou. “As informações se renovam muito rápido, então o nosso pensamento na Pró-Saúde é oferecer uma assistência humanizada, uma assistência feita de gente para gente, e que além de humanizada, tenha muito conteúdo técnico, a mesma que se receberia nos grandes centros da região sul e sudeste”, completou.

Quem também participou do evento, representando o governador do Estado do Pará, Simão Jatene, na mesa de abertura, foi a Secretária Adjunta de Gestão de Políticas de Saúde, Heloísa Maria Melo e Silva Guimarães. Ela ressaltou a importância do Fórum para o Estado e do trabalho desenvolvido pela gestão do Hospital Oncológico Infantil, uma unidade 100% Sistema Único de Saúde – SUS, que conseguiu, em um ano funcionamento, zerar a fila de acesso ao tratamento para câncer infantojuvenil.

A secretária ainda apontou os próximos caminhos para a oncologia pediátrica no Pará. “Nós éramos reduzidos a cerca de oito, dez leitos, no Ophir Loyola. E com o Oncológico infantil hoje já passamos para mais de 100 leitos ofertados, com equipes dedicadas, equipes que podem verticalizar o tratamento, e procurar melhorias a cada dia, focando na segurança e recuperação desse paciente. Os próximos passos já serão fazer com que esses pacientes tenham encaminhamento para Home Care ou Hospitais Primários, que eles tenham suas próteses encaminhadas ainda durante o período de internação, acho que isso é sinônimo de tempo e garantia de direitos ao paciente”, declarou.

Referência

Referência na região Norte, no tratamento e diagnóstico de crianças com câncer infanto-juvenil, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo também chama a atenção de quem vem dos grandes centros do país. Os palestrantes do Fórum, Alejandro Arancibia e Luiz Fernando Lopes, elogiaram o trabalho desenvolvido na unidade.

Para Arancibia, o Oncológico Infantil deve se tornar em breve um centro de referência para todo o país. “O trabalho e o significado do Hospital Oncológico Infantil para o Pará é incrível, tem muito potencial. Está caminhando, se envolvendo, e fazendo parcerias para evoluir, em vários aspectos. O caminho que estão fazendo é rápido, positivo, e acredito que se transformará em um Centro de Referência para o Brasil com certeza”, frisou, o coordenador médico do Instituto do Câncer Infantil.

O diretor do Hospital de Câncer Infantojuvenil de Barretos, Luiz Fernando Lopes, também reforçou a rapidez no crescimento do hospital, que tem apenas dois anos de funcionamento, completados no último dia 12 de outubro. “Fiquei muito feliz com a convite para a palestra e de ver tudo isso, participar e poder colaborar. Tanta coisa está sendo construída aqui em tão pouco tempo. Ver o comprometimento da equipe multi, fazendo uma transformação aqui, com esse hospital novo, que só tem dois anos e que já tem tanta coisa. Eu acho que o caminho já foi construído e ele está bem encaminhado, agora é tempo”, afirmou.

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