Dia Nacional do Voluntariado é comemorado com música e homenagens no Hospital Galileu, em Belém (PA)

Como forma de aliar saúde e educação, um grupo de acadêmicos de Enfermagem de Belém (PA) se reuniu, em 2015, para montar um grupo, que por meio da música, dança e artes cênicas levasse orientações sobre saúde e ao mesmo tempo conforto e bem-estar a pacientes e familiares que estivessem nos hospitais da cidade. Esse grupo se intitulou “Os Enfermágicos” e foram eles que se apresentaram neste sábado, 02, no Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), durante a comemoração pelo Dia Nacional do Voluntariado, celebrado no último dia 28 de agosto. “Os Enfermágicos” fazem parte do Programa de Voluntariado da unidade, assim como os grupos “Coletivo Clown”, “Geração Reservada”, o músico Wallace Lino, entre tantos outros.

A comemoração organizada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, entidade que gerencia o hospital sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), buscou reunir e reconhecer o trabalho de todos os 50 voluntários que atuam dentro do Hospital Galileu, em Belém. Além de um café da manhã para todos, um momento de música, partilha e entrega de certificados também foi realizado.

Para o músico e acadêmico de Enfermagem, Marcos Trindade, de 35 anos, o reconhecimento estimula os grupos para que esse trabalho continue. “Isso valoriza, estimula a gente, porque como voluntários nós nos doamos, não cobramos nada em troca, e quando recebemos esses aplausos é gratificante”, afirmou o integrante dos “Enfermágicos”.

A voluntária e estudante de Veterinária, Ana Flávia Maciel, de 20 anos, integrante do “Coletivo Clown”, também se emocionou com o reconhecimento. “É legal ver que não estamos sozinhos nessa luta. Isso alimenta a nossa vontade de continuar fazendo esse trabalho, pois sabemos que querem a gente aqui, que nosso trabalho está fazendo a diferença”, declarou.

Programa de Voluntariado

A assistente administrativa da Pró-Saúde no Hospital Galileu, responsável pelo setor de Humanização, Lidiana Ferreira, explica que os grupos de voluntariado são grandes parceiros em todas as instituições da entidade e por isso as ações desses grupos são reconhecidas por meio do Programa de Voluntariado.

No Pará, além do Hospital Galileu, os hospitais Oncológico Infantil Octávio Lobo (HOIOL), Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), e Regional do Sudeste do Pará (HRSP) também participam do Programa de Voluntariado da Pró-Saúde, cujas diretrizes são baseadas na Lei do Voluntariado, de 18/2/1998, que busca assegurar a valorização e crescimento dos participantes e dos usuários. Atualmente, cerca de 239 voluntários estão inscritos no programa nos quatro hospitais.

“O trabalho desses voluntários têm feito a diferença, eles ajudam a tornar a nossas ações realidade, por isso buscamos valorizá-los. E, datas como essa não podem passar em branco, eles precisam ser homenageados”, afirmou a assistente administrativa da Pró-Saúde no Hospital Galileu.

Cuidar com Amor

Quem também se emocionou com a homenagem foi a voluntária Patrícia Pantoja, de 31 anos. Ela, que é acadêmica de Enfermagem, contou que mesmo com a experiência no âmbito da saúde e do voluntariado, já precisou  e há bem pouco tempo, quando o pai sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC), ela se viu na posição de ser a pessoa que precisava de apoio e de uma palavra de afeto.

Patrícia conta que encontrou forças para levar para o pai a mesma mensagem que leva nos hospitais por onde passa com o grupo “Os Enfermágicos”. “Meu pai é o pilar da nossa e quando ele ficou doente foi muito difícil. Mas, mesmo assim, eu busquei forças para continuar com o trabalho voluntário, assim como para a ser a ‘voluntária’ do meu pai, e entreguei para ele a florzinha que temos o hábito de entregar em todos os hospitais, para que ela floresça e reestabeleça a saúde dele”, relembrou emocionada.

Para ela, o trabalho voluntário é capaz de mudar vidas. E modificou a dela também para melhor. “Me mudou como ser humano e até minhas perspectivas de vida. O voluntário é um educador em potencial”, disse.

A voluntária Ana Flávia Maciel também pensa como Patrícia. “Acredito que ajudar tem que ser parte do nosso dia a dia. É um dever nosso. E as pessoas têm que entender que não é preciso muito para ajudar, basta escutar, levar uma palavra”, concluiu.

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