Com o objetivo de aprimorar continuamente o serviço oferecido à população e garantir a segurança do paciente, o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG) deu início, em janeiro de 2017, à implantação do uso de material estéril para fixação de cateteres. Um protocolo que aboliu em 100% a utilização de micropore e esparadrapo para esses casos e levou o HPEG a se tornar o primeiro hospital público do Norte do país a receber a certificação Diamante em Fixação Segura de Cateteres do programa Soluções Integradas – 3M.
A cerimônia de certificação aconteceu na noite da última terça-feira, 1/8, em Campinas, São Paulo. A coordenadora de Enfermagem, Regiane Bezerra, representou o hospital durante a premiação, e destacou que a certificação é consequência de um extenso trabalho de treinamento e pesquisa realizado ao longo do primeiro semestre de 2017.
“Primeiro tivemos que procurar quem produzisse esse tipo de curativo no mercado, quais os custos, os benefícios, para só então começar a trabalhar isso no dia a dia. Foram vários treinamentos realizados com a equipe para que pudessem compreender a importância desse processo e aderir à novidade”, afirmou a coordenadora de Enfermagem.
De lá para cá, o Hospital Galileu, que atende exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), conseguiu atingir a meta de que todos os usuários que deem entrada na unidade façam uso da fixação segura de acesso venoso. Um processo que visa diminuir os riscos de infecção hospitalar e preservar o conforto do paciente, além de diminuir os custos do hospital. Entre março e julho, já foram utilizadas mais de 4.700 unidades de fixadores estéreis, com duração de 48h e 96h.
“Esta certificação confirma que temos um protocolo sistematizado e efetivo para a fixação segura, isto significa um maior conforto ao paciente, pois com isso temos redução de intercorrências em seu atendimento. Além disso, reduzimos desperdício e os custos de nossa unidade, seguindo recomendações internacionais de cuidado ao paciente. Enfim, damos mais um passo importante na melhoria contínua de nossos processos”, avaliou o diretor-geral do HPEG, Saulo Mengarda.
O estudante de Enfermagem, Diego Carvalho de Sousa, de 26 anos, que deu entrada no HPEG após um acidente de moto, foi um dos usuários a receber esse tipo de fixação de cateter.
“É muito melhor. Até porque eu tenho um pouco de sensibilidade na pele e os outros tipos sempre me incomodavam. Esse também é transparente e rapidamente dá para ter visibilidade se está tudo bem”, disse Diego.
Ele que está estudando para cuidar de vidas – frequenta o quarto ano da faculdade de Enfermagem – teve que se acostumar ao novo papel desempenhado dentro de um hospital, o de paciente.
“É melhor cuidar do que ser paciente”, revelou, sorrindo. “Mas ainda bem que eu vim para cá, onde recebi toda atenção, fui bem atendido e estou me recuperando bem”, concluiu Diego.
Reconhecimento
O Hospital Galileu já possui a certificação Diamante em Prevenção de Lesões de Pele do programa Soluções Integradas para Saúde – 3M, recebido em 2015.
Desde 2016, o HPEG é também certificado pela Organização Nacional de Acreditação (ONA) como ONA 1 – Acreditado, que reconhece que a unidade atende aos critérios de segurança do paciente. Neste ano, o Hospital Galileu tornou-se o segundo hospital público brasileiro a ter o selo “Materiality Disclosures’’ da Global Reporting Initiative (GRI). A instituição é também signatária do Pacto Global das Nações Unidas (ONU).