Metropolitano orienta motociclistas em palestra do programa “Direção Viva”

O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) realizou uma programação especial para orientar os condutores de motocicleta sobre causas e prevenção de acidentes com moto. A ação do programa 'Direção Viva', no Centur, em Belém (PA), contou com palestra do diretor-geral, Rogério Kuntz, e do coordenador de Pronto Atendimento da unidade, José Guataçara.

Um grupo de mais de 100 motociclistas compareceu ao centro de eventos para acompanhar a palestra com o tema “Quero andar de moto até morrer, mas não quero morrer andando de moto”, que teve abertura do médico Hélio Franco, coordenador do Comitê Estadual de Prevenção da Mortalidade Materna e Infantil da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O diretor-geral do HMUE mostrou exemplos de imprudência e imperícia que resultam em acidentes graves, similares aos que vitimam pacientes que o Hospital Metropolitano recebe diariamente.

Em sua fala, o gestor destacou comportamentos de risco que podem levar a graves acidentes no trânsito, entre eles o consumo de bebida alcoólica e drogas ilícitas, o excesso de velocidade e desrespeito à legislação. Kuntz também falou de estatísticas que mostram que o risco de acidentes ao pilotar uma moto é 20 vezes maior que de carro.

O público também teve acesso a mais informações sobre a estrutura do HMUE, unidade gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato de gestão com a Sespa, composta por 198 leitos em diversas especialidades. O diretor-geral explicou como funciona a classificação de risco segundo o protocolo de Manchester na entrada do paciente na unidade, além de ter destacado que o HMUE é o único hospital da região metropolitana de Belém (PA) no qual todas as especialidades atuam 24 horas por dia.

Um público diversificado participou da palestra no Centur, entre eles a motociclista Lorena Conceição. Integrante do motoclube “As Feras do Asfalto”, o primeiro composto apenas por mulheres em Belém, a motociclista se mostrou surpresa com os números relacionados a acidentes de trânsito registrados no HMUE. “Me chamou muito a atenção a quantidade de pessoas vítimas de acidentes de moto. Eu não sabia que era esta grande quantidade”, disse.

A motociclista também avaliou positivamente a abordagem que o programa “Direção Viva” utiliza ao enfatizar as sequelas que o acidente pode trazer aos pacientes, como na palestra do médico José Guataçara. “Geralmente as campanhas falam só do uso de bebidas, mas esquecem das sequelas. Não mostram a realidade do acidente. Ser mais explícito ajuda mais na educação do condutor”, refletiu.

Para o engenheiro Sebastião Hugo, integrante do Pará Motoclube, as palestras foram importantes por mostrar um outro olhar sobre o acidente de trânsito. “Às vezes temos uma percepção do acidente e as palestras nos mostraram que o assunto tem maior profundidade do que a gente imagina. Me chamou muito a atenção os traumas nos pulmões decorrentes de acidentes de trânsito. Eu não imaginava que isso poderia decorrer de um acidente com moto”, disse.

Guataçara explicou que ações como as palestras do programa 'Direção Viva' são uma forma de sair da área hospitalar para a divulgação de informações. 'É uma forma de capacitação, para mostrar a importância do uso dos equipamentos de proteção, como evitar lesões e diminuir a mortalidade', disse.

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