Atividade lúdica muda rotina de pacientes da Ortopedia do Metropolitano

O período de festas juninas, na região Norte, ultrapassa o mês e adentra a julho. Para quem está se recuperando em uma unidade de saúde a participação nestas datas é um tanto complicada. Pensando nisso, os profissionais de Terapia Ocupacional do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua (PA), organizaram uma atividade em alusão a estes festejos.

Trata-se de um jogo terapêutico julino, uma brincadeira direcionada aos pacientes das clínicas Ortopédicas da entidade, gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). A atividade agitou a rotina dos usuários internados no setor de Ortopedia nesta semana.

A brincadeira comandada pela terapeuta ocupacional, Cláudia Lima, e pelo residente de Terapia Ocupacional, Lucas Muniz, divertiu e sensibilizou os pacientes. Com bom humor e simpatia, a dupla passou pelas enfermarias sorteando prêmios e distribuindo brindes para os pacientes que não tiveram tanta sorte assim na hora da brincadeira.

Paciente da clínica Ortopédica, a doméstica Maria do Socorro Souza da Silva se recupera de uma agressão que poderia ter lhe tirado a vida. Ações como o jogo terapêutico julino trouxeram alegria para a paciente natural da cidade de Breves (PA), na Ilha do Marajó. “Nunca tinha visto isso em nenhum hospital. É a primeira vez que sei de uma atividade diferente assim”, revelou.

A paciente encarou a derrota no jogo com o mesmo otimismo que tem empregado em sua recuperação. “Não ganhei nada no jogo, mas ganhei um diário de brinde. Aqui é muito diferente, todos são simpáticos e nos tratam bem”, disse.

De acordo com a terapeuta ocupacional, iniciativas como o jogo terapêutico ajudam a mudar a rotina do longo processo de hospitalização a qual o paciente vítima de trauma é submetido. “Pensamos em uma atividade relacionada a festas julinas para mudar a dinâmica nas clínicas ortopédicas. Nossos pacientes ficam muito tempo hospitalizados e essas atividades ajudam na recuperação. Muitos têm a necessidade do resgate das atividades que faziam fora daqui”, explicou.

O residente Lucas Muniz acrescentou o caráter regional da abordagem à temática julina. “É importantíssimo o resgate cultural relacionado ao período junino, muito presente na nossa região, com os pacientes hospitalizados. Trouxemos prêmios, quem vence o jogo ganha e quem participa também ganha brinde”, adicionou. Para Lucas, além da quebra da rotina hospitalar, a atividade trouxe integração a pacientes e colaboradores. “Às vezes o paciente está conosco há dois ou três meses, ter uma quebra de rotina é de extremo valor e aumenta nosso vínculo com eles”, finalizou.

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