Papel do enfermeiro na doação de órgãos é discutido em palestra ministrada pelo HMUE

Na semana que se comemora a atuação do enfermeiro, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE) foi convidado a levar orientações sobre o papel deste profissional no processo de sensibilização de famílias para a doação de órgãos aos colaboradores da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro da Sacramenta, em Belém (PA).

A coordenadora de Enfermagem da Organização de Procura de Órgãos da entidade, Fátima Albuquerque, conversou com os profissionais sobre a importância de sensibilizar da maneira correta os familiares de pacientes que faleceram e podem ser doadores de órgãos. A palestra fez parte da programação da Semana de Enfermagem da unidade de saúde.

A coordenadora contextualizou o processo de doação de órgãos como uma etapa de um ciclo de vida em mudança. “A gente aprendeu que quando alguém morre, tudo acabou, não há mais nada que possa ser feito, mas com a doação de órgãos nós podemos fazer mais pela vida de outra pessoa”, disse.

Fátima diz que o papel do enfermeiro é ajudar a mostrar que as famílias têm direito de saber que podem ter acesso ao processo de doação de órgãos de seus entes queridos. “Às vezes acontece de depois dos esclarecimentos a família decidir não doar, mas é direito deles e nosso dever fazer a orientação”, contou.

A coordenadora de Projetos Sociais e Eventos do HMUE, Roberta Cardins, destaca a importância da participação da instituição em eventos como a Semana de Enfermagem da UPA Sacramenta. 'Para o Hospital Metropolitano é importante estar integrado às unidades de saúde de Belém e região. É importante também compartilhar nossos conhecimentos em um processo, que pode ajudar a salvar vidas, como é o caso da doação de órgãos', disse.

Como funciona a doação de órgãos no HMUE

No Hospital Metropolitano, unidade gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), o processo de doação de órgãos é gerido pela Organização de Procura de Órgãos (OPO).

As atividades do setor abrangem o processo de doação de órgãos e tecidos, a manutenção do potencial doador, a construção de parcerias e a capacitação para identificação e efetivação da doação de órgãos e tecidos.

A OPO foi implantada em 2014. É composta por seis enfermeiros responsáveis pela busca ativa e notificação de potenciais doadores, além da coordenação do processo de doação, desde a detecção, passando pela manutenção, até a cirurgia de captação de rins, córneas, fígado e coração.

A doação em números na unidade

Em todo o Pará, 1.086 pessoas estavam na fila para transplante de tecido ocular em 2016. O Hospital Metropolitano conseguiu captar 59 doações, beneficiando 118 pessoas. No mesmo ano, 109 pessoas aguardavam para receber a doação de rim no Estado.

Das 29 doações registradas deste tipo de órgão, 24 foram captadas na unidade. Ao todo, 48 pessoas foram beneficiadas com órgãos captados no hospital. A entidade registrou, ainda, 24 doações de coração e outras 24 de fígado.

Os números são catalogados pela Organização de Procura de Órgãos da unidade e pelo Registro Brasileiro de Transplantes, organizado anualmente pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO).

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