Hospital Regional de Marabá implanta Protocolo de Transfusão de Sangue

Referência em atendimento de média e alta complexidades, o Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP) – unidade pública gerenciada pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) –  é uma das unidades de saúde que mais demandam o banco de sangue da região, principalmente por conta do expressivo número de cirurgias realizadas na instituição. Para garantir a segurança do paciente nesse procedimento, o HRSP adotou o Protocolo de Transfusão de Sangue, que normatiza as condutas que devem ser seguidas em todas as etapas do ato.  

Para orientar os profissionais a respeito do novo protocolo está sendo realizada a 1ª Oficina de Qualificação do Ato Transfusional e Hemovigilância do HRSP. Durante o evento, realizada na última semana, os participantes conhecem detalhadamente o processo, desde a solicitação de sangue e hemocomponentes até o monitoramento do paciente após a transfusão. A oficina também reforça o papel do doador de sangue e esclarece os critérios para doação.  

Segundo a coordenadora da Agência Transfusional da unidade, Socorro Leão, nenhuma transfusão sanguínea é isenta de riscos, por isso, deve ser alvo de rigorosa atenção por parte de quem prescreve, fornece e administra hemocomponentes, sendo que somente é indicada nos casos em que não há outra opção de tratamento.  

''Por mais que desde o começo do ciclo do sangue existam muitos cuidados para levar um sangue de qualidade para os receptores, por exemplo, fazendo a triagem clínica do doador e a triagem sorológica das doenças transmissíveis pelo sangue, de nada adianta isso se, durante os cuidados pré-transfusionais, não forem tomadas rigorosas medidas em relação à identificação do paciente, à coleta adequada das amostras pré-transfusionais, ao acompanhamento do paciente que vai receber transfusão, para verificar se desenvolve algum sinal de reação transfusional. É por isso que cada etapa que antecede a transfusão tem um papel muito grande na segurança de quem vai receber, já que não é um procedimento isento de riscos', explica a hemoterapeuta.  

A técnica de Enfermagem, Marcolina Pereira Torres, participou da oficina e a considerou proveitosa. 'São muito boas essas orientações porque fica esclarecido, para o técnico, o enfermeiro e o médico, sobre a importância desses cuidados, tão necessários para a segurança dentro do hospital', comentou a colaboradora da Central de Material Esterilizado.     

Destaque em hemovigilância

A segurança do ato transfusional envolve etapas como a autorização formal do paciente ou de seu familiar para a realização do procedimento, seguida da prescrição médica preenchida de forma correta. Inclui, ainda, a dupla checagem da identificação do paciente e do hemocomponente, para evitar transfusão no paciente incorreto, e o acompanhamento, pelo profissional da Enfermagem, nos primeiros dez minutos do procedimento. Todas essas fases estão descritas no checklist da Hemovigilância, roteiro de avaliação da segurança do ato transfusional.  

No Hospital Regional de Marabá, a partir de maio, os setores que mais se destacarem no cumprimento dos itens desse checklist serão homenageados. A avaliação será feita a cada três meses pela Auditoria de Prontuário e Comitê Transfusional.  

Identificação do paciente 

Além do Protocolo de Transfusão Sanguínea, o Hospital Regional do Sudeste do Pará também adota outras medidas para ampliar a segurança do paciente em todas as etapas de diagnóstico e tratamento na unidade. Um deles é o Protocolo de Identificação do Paciente. Ele integra o Programa Nacional de Segurança do Paciente, estabelecido pelo Ministério da Saúde, e tem como objetivo estabelecer as diretrizes para assegurar a correta identificação dos pacientes e, assim, garantir a qualidade da assistência prestada. 

Dessa forma, os profissionais da unidade seguem condutas preconizadas por organismos nacionais e internacionais, dentre elas, o uso da pulseira de identificação, na qual constam nome completo, número do prontuário e data da internação. Esses dados são conferidos antes de cada procedimento realizado para que seja confirmada que o atendimento será prestado ao paciente correto. A pulseira é fornecida para o paciente na admissão na unidade e retirada somente no momento da alta hospitalar.

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