Reaproveitamento de água gera economia no Hospital Regional de Marabá

Engajados em promover a sustentabilidade, hospitais públicos do Pará, gerenciados pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, sob contrato com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), desenvolvem ações que contribuem para a redução do uso de recursos naturais, como água e energia. No Hospital Regional do Sudeste do Pará – Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, a reorganização do funcionamento da bomba do sistema a vácuo ajudou a economizar 357.000 litros de água por mês, quantidade equivalente ao consumo médio de, pelo menos, 19 residências.

Além da economia de água, a mudança também representou uma redução mensal de R$ 6.000 na conta de energia, garantindo o retorno do investimento já nos primeiros 30 dias. Isso foi possível porque a instituição adotou o uso de uma caixa d'água que permite o reaproveitamento do líquido por um período de 20 dias. A água circula da caixa d'água para a bomba, criando o vácuo que é armazenado em frascos coletores nas Unidades de Internação, de Terapia Intensiva, Acolhimento e Centro Cirúrgico, para aspirar substâncias de pacientes. Após alimentar a bomba, a água retorna para o reservatório, livre de qualquer contaminação.

Anteriormente, como a água era retirada diretamente do poço artesiano, a bomba do sistema era acionada a cada cinco minutos, o que resultava em um consumo médio mensal de 360.000 litros de água. Após a transformação, o disparo varia entre 20 a 30 minutos, dependendo do uso do sistema a vácuo. E, dessa vez, ela é acionada para fazer o processo de reaproveitamento da água a partir da caixa d'água.

Na assistência, a mudança agilizou o processo de aspiração do paciente, pois garantiu maior pressão ao equipamento. Sem contar que o sistema não é afetado em casos de interrupção no abastecimento de água, uma vez que o reservatório opera sem a troca de líquido por mais tempo.

De acordo com o diretor-geral da unidade, Valdemir Girato, ações como essa refletem na qualidade do atendimento ao usuário. ''O nosso foco é buscar sempre ações inovadoras que contribuam para a ampliação da qualidade da assistência e para a sustentabilidade financeira do hospital'', argumentou o administrador. Ele comenta, ainda, que a valorização da sociedade e ao meio ambiente na tomada de decisão é um dos princípios organizacionais da instituição.

Pacto Global

No Pará, outros três hospitais públicos gerenciados pela Pró-Saúde têm apresentado importantes avanços na promoção da sustentabilidade. São eles: o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), em Santarém, o Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém, e o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), também na capital paraense.

Todas eles são signatários do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), que incentiva a adoção de práticas de negócios balizadas por valores e princípios fundamentais nas áreas de direitos humanos, relações de trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. 

Neste mês, para fomentar o debate sobre os desafios do setor da saúde na Amazônia frente às mudanças climáticas, juntamente com o Projeto Hospitais Verdes e Saudáveis, a Pró-Saúde promoveu o I Seminário Amazônico dos Hospitais Saudáveis, reunindo, em Belém, especialistas de destaque nacional, profissionais de saúde, gestores e pesquisadores experientes.

De acordo com o diretor Operacional da Pró-Saúde no Pará, Paulo Czrnhak, fomentar o desenvolvimento sustentável nas unidades de saúde, é contribuir para uma melhor qualidade de vida, respeitando o meio ambiente e otimizando os recursos financeiros. “Quando nos preocupamos com o meio ambiente, o maior beneficiado é o cidadão, afinal, as boas práticas contribuem para a redução de doenças, e assim, há mais prevenção, sendo possível, viver melhor. E nós, queremos contribuir para a educação em saúde, de forma que todos, tenham essa cultura de que o melhor remédio, é a prevenção, comentou o diretor.

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