Hospital Metropolitano comemora 11 anos bem avaliado por pacientes e colaboradores

Uma carta escrita à mão por uma criança é capaz de fazer muito adulto chorar. A caligrafia ainda sem muita coordenação traz palavras que reproduzem sentimentos que só a percepção infantil consegue captar. Foi o que aconteceu com o menino L. S., um dos pacientes do setor de Pediatria do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua (PA). A cartinha escrita pelo garoto deixou a técnica de Enfermagem Alcirene Almeida com os olhos cheios d'água.

O pequeno papel dobrado ao meio trazia trazia uma mensagem que fez Alcirene se emocionar. L.S. agradecia à técnica de Enfermagem pelo atendimento recebido na unidade. Os pacientes do setor foram convidados a escrever uma carta ao colaborador de quem mais gostaram durante o atendimento. A ação fez parte das comemorações pelos 11 anos do HMUE, comemorados na sexta (17/3).

Trabalhando há dez anos na unidade, a técnica de Enfermagem ficou surpresa quando recebeu a carta das mãos da coordenadora de eventos do HMUE, Roberta Cardins. No texto curto e preciso, L. agradeceu a atenção que a colaboradora dispensou a ele. Pediu também que Alcirene mantivesse o sorriso no rosto com o qual foi recebido durante a internação. Com os olhos marejados, Alcirene comentou a carta recebida: “É muito bom receber esse reconhecimento. Trato todos os pacientes bem, sempre me fazem lembrar os meus três netos”.

Além do momento de agradecimento na Pediatria, o “parabéns” ao hospital movimentou colaboradores durante todo o dia. No almoço, um cardápio especial com arroz de forno cremoso, feijão e carne ao molho madeira. Na sobremesa bolo de coco com recheio de cupuaçu. Pouco depois, trabalhadores e usuários se reuniram na recepção para celebrar o aniversário com uma bênção religiosa, ministrada pelo cônego Ronaldo Menezes, que é presidente do Conselho Administrativo da Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar, entidade gestora da unidade sob contrato com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

O religioso destacou a qualidade humana dos colaboradores no trato com os pacientes que procuram diariamente a unidade. Para o cônego, o bom atendimento oferecido é a prova de que a direção e os trabalhadores buscam a excelência. “Deus abençoa quem está voltado para o próximo”, lembrou o religioso.

O diretor-geral da unidade, Rogério Kuntz, destacou a dedicação dos colaboradores no atendimento ao usuário. “A nossa razão de existir como profissional é o paciente e eles terão esta casa de saúde à disposição”, enfatizou. Ainda conforme o diretor, diferente da programação que comemorou os dez anos do HMUE em 2016, este ano a direção da unidade optou por uma festa menor. “Nossa ação este ano é singela, mas não menos importante”, apontou.

Atendimento humanizado

E se o bem-estar dos pacientes é que move os colaboradores do HMUE, os usuários deixam claro que aprovam o atendimento recebido no hospital. É o caso de Elciane Pereira dos Santos, mãe da pequena P. M. P. C., de oito anos. Vítima de um grave acidente em fevereiro de 2016, P. passou mais de dois meses internada no Centro de Tratamento de  Queimados (CTQ) da unidade. Foram 21 dias isolada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do CTQ. “Nos meus piores momentos encontrei aqui pessoas que me ajudaram, não tinham obrigação nenhuma de me dar atenção, mas deram”, diz Elciane, destacando a humanização do tratamento recebido.

Apesar da alta médica, P. retorna ao hospital a cada três meses para consultas com os cirurgiões plásticos. Ela já passou por procedimentos que lhe garantiram enxertos de pele na região do tórax, braços e pescoço, as mais atingidas pela descarga elétrica que a garota recebeu ao tentar pegar uma pipa que tinha ficado presa em um fio de alta tensão.

Falante e alegre, P. é reconhecida por enfermeiros e médicos do CTQ, às vezes usa roupas de personagens infantis como a Branca de Neve quando está no hospital. Chama as enfermeiras carinhosamente de “tias” e cativa a todos. A mãe diz que a menina leva uma vida normal, apesar das sequelas que o acidente deixou. “Faço de tudo para que ela tenha uma vida normal, sai comigo para onde vou, conhece e cativa às pessoas”, contou a mãe.

Ambiente de trabalho sadio

Humanização também é o ponto levantado por quem trabalha na unidade. Engenheira de Segurança do Trabalho, Walkiria da Rocha, está no HMUE há quase três anos. Para ela, ações como a Semana Interna de Prevenção a Acidentes de Trabalho (SIPAT) e a Semana do Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) garantem a aplicação dos princípios de humanização entre os trabalhadores. “Tivemos gincanas, sorteamos os setores que mais se destacaram no manejo de resíduos, teve troféu para quem mais se destacou. O hospital realiza muitas ações, sempre tem algo novo. Estamos sempre em movimento”, apontou.

A engenheira destaca ainda sua satisfação por trabalhar no HMUE. “Aqui é uma escola e fazer parte da história desse hospital é muito gratificante. Profissionalmente é um ganho e a cada ano, cada comemoração de aniversário é uma conquista para a gente também. Também fazemos parte do hospital e temos o que comemorar”, disse.

Referência na região Norte

Desde que foi inaugurado em 2006, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência atendeu mais de três milhões de pessoas. Foram mais de 135 mil consultas ambulatoriais, 230 mil atendimentos de urgência e emergência  e mais de 60 mil cirurgias. A unidade também realizou mais de 78 mil saídas hospitalares e 2.700.000 exames.

No ano de 2016, o hospital realizou 464.629 atendimentos. O setor de urgência e emergência foi responsável por 19.277 atendimentos, destes 10.117 evoluíram para internações. A unidade contabilizou ainda 11.164 cirurgias e 399.549 exames. No setor ambulatorial foram realizadas mais de 17 mil consultas. O Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) atendeu a 533 casos de queimaduras. Deste total, 384 foram encaminhados ao setor de internação. O índice de satisfação dos usuários e acompanhantes é de 94%. A unidade possui centro cirúrgico e um Centro de Tratamento de Queimados, além de ambulatórios, pronto-atendimento, consultórios e salas de procedimento.

O HMUE forma ainda profissionais de saúde por meio de programas de residência médica e multiprofissional. Na residência multiprofissional, os profissionais fazem uma especialização de dois anos, na qual é obrigatório apresentar um projeto de pesquisa a título de conclusão de curso. Vinte e quatro profissionais já foram formados. O curso é composto por 5.760 horas-aula divididas entre teoria e prática.

Já a residência médica tem programas nas áreas de Cirurgia Geral, Ortopedia e Traumatologia, Cirurgia do Trauma e Medicina de Urgência. O curso tem a carga horária de 60 horas semanais. Para Cirurgia Geral, os residentes passam dois anos no HMUE, já o programa de Ortopedia e Traumatologia tem duração de três anos.

O residente da área de Cirurgia do Trauma fica na unidade por um ano e precisa ter cursado residência em Cirurgia Geral. Na área de Medicina de Urgência curso tem duração de um ano e o residente precisa ter passado posteriormente por residência em Clínica Médica. Todas as vagas são ofertadas por meio de edital unificado com a Universidade do Estado do Pará (UEPA).

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