A secretária de Saúde dos Estados Unidos (Department of Health & Human Services), Sylvia M. Burwell, durante visita ao Brasil no ano passado, pediu um encontro com autoridades médicas e científicas que estivessem lidando com o vírus Zika, entre elas a neuropatologista Leila Chimelli e a pediatra Fernanda Fialho, ambas do Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IEC), no Rio de Janeiro (RJ).
O intuito do encontro foi saber mais sobre a incidência do vírus que estava fazendo suas primeiras vítimas naquele país, e colher experiências que pudessem ser replicadas na prevenção e no combate. “Eles estavam registrando casos de mulheres que haviam sido infectadas em viagens na América Latina e Porto Rico, e queriam saber sobre a abordagem clínica, entre outras coisas”, comentou Fernanda.
Leila falou sobre sua pesquisa realizada a partir de necrópsias feitas em cérebros de bebês infectados, desde o surgimento dos primeiros casos no Brasil. “Eles estavam interessados nesse material por causa do início de ocorrências da doença na Flórida. Acho que poderá ser uma troca muito importante daqui para a frente”, disse a neuropatologista.
