Ação no Hospital Oncológico Infantil encerra projeto ‘Direção Viva’

A história de uma garotinha que ficou machucada no trânsito prendeu a atenção de crianças e adultos, no teatrinho de fantoche que aconteceu no Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo, em Belém (PA). A encenação, em parceria com o Departamento de Trânsito do Estado do Pará (Detran), marcou, nesta quarta-feira 30/11, o encerramento do projeto 'Direção Viva: você consciente, trânsito mais seguro', promovido pelos hospitais públicos do Pará administrados pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

O 'Direção Viva' iniciou no dia 18/11 com uma missa em memória às vítimas de acidente de trânsito alertando para as consequência, na maioria das vezes fatais, da imprudência no trânsito. A ação, em cinco grandes hospitais que atendem traumas de trânsito, também orientou com palestras, expôs depoimentos de casos reais como o de Lucivaldo Monteiro: “sei que meu acidente poderia ter sido evitado, principalmente porque eu estava alcoolizado. E ainda estava sem capacete. Foi por muito pouco que não perdi a vida. Agora luto para recuperar a minha perna, que quebrou em cinco partes”.

Voltado ao atendimento de crianças e adolescentes, o Hospital Oncológico Infantil finalizou o 'Direção Viva' de olho no futuro. 'Foi importante fechar esse ciclo aqui, porque dessa maneira ajudamos na formação de um cidadão mais consciente, mais preocupado com o próximo e, principalmente, multiplicador de boas práticas de novos valores', ressaltou a diretora Administrativo Financeiro, Tatiane Santos. Essa preocupação em educar para conscientizar foi compartilhada com Denise Malheiros, mãe de uma criança em tratamento no hospital. 'Vejo que o que se quer aqui é garantir o direito à vida para que tenhamos adultos dignos cumpridores do seus deveres. Tem que se educar não para que pensem em evitar multas, mas para assegurar a vida'.

Entre brindes, brincadeiras e teatro foi destacado o papel, mesmo que hoje de coadjuvante, da criança e do adolescente no trânsito, seja como pedestre ou como passageiro. 'Os acidentes de trânsito são a principal causa de morte de jovens no mundo. Precisamos mudar esse valores, o que não acontece de uma hora para outra, por isso começar cedo essa conscientização garante o direito à vida', finalizou a arte-educadora Maria Inês Lopes.

Para o diretor Operacional da Pró-Saúde no Pará, Paulo Czrnhak, o projeto 'Direção Viva' nos hospitais fomentou a discussão por um trânsito mais seguro, agora, o novo passo, é transformar a campanha em um projeto de educação contínua. 'Nossos hospitais cuidam de vidas que são transformadas, muitas vezes de maneira dolorosa, por conta de acidentes. Por isso, temos a responsabilidade, de atuar continuamente por um trânsito mais seguro. E o Direção Viva é uma ação de educação, que pretendemos dar continuidade, ampliando a nossa atuação social', revelou.

 

Atendimentos 

Nos últimos três anos, mais de 35 mil vítimas foram atendidas em quatro hospitais públicos do Pará. Em média, um paciente vítima de acidente de moto gera custo de internação na ordem de R$ 7,2 mil no Hospital Metropolitano, referência para atendimento de alta complexidade na região metropolitana de Belém.

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