O Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua (PA), está reestruturando o espaço físico destinado à sua área de ensino e pesquisa. Uma nova área está sendo disponibilizada ao setor, contemplando assim espaço para biblioteca, sala de estudos e repouso, ampliando as possibilidades para acadêmicos e residentes. A ideia é que a unidade de saúde, que atende média e alta complexidade para traumas e queimados, credencie-se como Hospital de Ensino e Pesquisa, título concedido por meio de uma portaria interministerial, envolvendo o Ministério de Saúde e Educação. O processo está sendo acompanhado pela Secretaria de Estado e Saúde Pública (SESPA), por meio de visitas técnicas.
No Hospital Metropolitano, o entendimento é que o desenvolvimento e fortalecimento da área acadêmica é uma das prioridades considerando o processo de ensino aliado a assistência e o cumprimento da missão da unidade como centro formador de profissionais na saúde. “Vivemos um processo de amadurecimento, mostrando as instalações que temos e a ampliação que está sendo feita para tentar certificar o hospital. A certificação é importantíssima para toda parte médica e multiprofissional do Estado. Vamos capacitar e ampliar cursos de residências médicas e categorias profissionais da residência multiprofissional”, explicou o coordenador de ensino e pesquisa do Hospital Metropolitano, Leonardo Ramos.
Para ele, a evolução do processo trará a possibilidade de capacitação maior de acadêmicos de medicina, fisioterapia, enfermagem, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia e nutrição, atendendo a extensão de universidades públicas e privadas. “Temos como projeção participar de pós-graduação, mestrado e doutorado, formando e capacitando profissionais à disposição do SUS para que sejam absorvidos pela nossa rede”, avaliou Leonardo.
A gerente de Educação Permanente em Saúde da Sespa, Teresa Sena, considerou que a reestruturação da área de ensino do Hospital Metropolitano é um passo importante para o Estado não só para a assistência, como para o ensino. “Há um ganho em todos os aspectos e um ganho para alunos, residentes, que terão um cenário de prática qualificado”, disse.
Residência
Os aprovados para as residências do Hospital Metropolitano, em processo gerenciado pela Universidade do Estado do Pará, os residentes iniciam o programa de pós-graduação, com aulas teóricas e práticas. No Hospital Metropolitano há 30 preceptores em diversos campos da área da saúde, sendo 12 na parte médica e 18 na parte multiprofissional. Os preceptores, sob a coordenação do Departamento de Ensino e Pesquisa (DEP), atuam no ensino aos estudantes.
No caso dos residentes médicos, os estudantes são distribuídos nos seguintes programas: dois na cirurgia geral, dois na ortopedia e traumatologia e um da cirurgia do trauma. O programa de residência da Cirurgia Geral dura dois anos. Já o programa de Ortopedia e Traumatologia é mais longo, sendo concluído em três anos. Com relação a Cirurgia do Trauma, o programa dura um ano, pois o residente aprovado precisa ter o pré-requisito de ter cursado outra residência em cirurgia geral. A carga horária dos estudantes é de 60 horas semanais.
Já os residentes multiprofissionais estão distribuídos da seguinte forma: dois da área da fisioterapia, um de enfermagem, um de terapia ocupacional e um de psicologia. No total, os residentes cumprem uma carga horária de 5.048 horas nos dois anos do programa.
Além de residentes, o hospital também atua como cenário para acadêmicos. Desde 2012, o HMUE organiza suas atividades de ensino e pesquisa, servindo de campo de estágio curricular obrigatório para acadêmicos das universidades públicas e privadas conveniadas, assim como hospitais de ensino. O Departamento de Ensino e Pesquisa do HMUE tem como principal objetivo oferecer apoio ao ensino e a pesquisa, com a responsabilidade de gerar e disseminar o conhecimento, além de proporcionar qualificação acadêmica e científica aos novos profissionais da saúde.
