Hospital Regional de Santarém promove simpósio sobre Psicologia hospitalar

Sete palestras movimentaram o simpósio sobre “Psicologia hospitalar: abordagens e atuações na área da saúde”, promovido pelo serviço Psicossocial do Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), na sexta-feira, 26/8. O evento aconteceu no auditório da Universidade do Estado do Pará (Uepa), em Santarém (PA), e contou com a presença de mais de 250 pessoas.

A coordenadora do serviço Psicossocial do HRBA, Gabriela Fortes, conta que a principal atuação do psicólogo hospitalar é no alívio da dor do paciente. “Se o indivíduo adoeceu fisicamente, ele adoeceu psiquicamente. E o psicólogo vai tentar dar essa escuta ao paciente, para aliviar a dor. É importante que possamos abrir essa discussão para colocarmos em pauta a intervenção do psicólogo dentro do hospital que é totalmente diferente de outras áreas”, explica.

O simpósio reuniu 253 pessoas entre estudantes e profissionais. Psicólogos e médicos palestraram sobre diversos aspectos relacionados à Psicologia hospitalar. “Eu me interessei muito pelo evento porque são temas que vão me ajudar futuramente na minha profissão, me auxiliando a escolher um campo de atuação”, diz a estudante de Psicologia, Naiara Santos, de 22 anos.

As atividades dos psicólogos no ambiente hospitalar são amplas, podendo envolver uma série de atendimentos. E, diferentes de outros campos da Psicologia, a atuação precisa ser imediata. “Nós devemos ter um olhar próprio para entender o que o paciente está passando, porque se nós começarmos a buscar outras soluções, mais da origem da psique, acabamos se perdendo e não vamos tratar aquele momento onde o indivíduo vai estar fazendo uso de alguns mecanismos de defesa, como negação, e ele precisa ter noção de que está adoecido”, revela Gabriela Fortes.

A doutora em Psicologia pela Universidade de São Paulo (USP), Ana Emília Carvalho, foi a convidada especial do evento. Ela palestrou sobre “Transtornos de conduta na infância” e “Atendimento psicológico na UTI Neonatal”. Para ela, é preciso dar mais atenção às crianças. “Se eu tenho uma infância saudável, eu vou ser um adulto adaptado, que sabe lidar com as demandas do meio e de si. É preciso chamar a atenção para as necessidades de olhar a infância e identificar o que está bom, o que está preservado na vida do indivíduo, e o que precisa ser tratado, que precisa ser cuidado. Nem sempre esse tratamento será com atuação medicamentosa, mas com carinho, afeto, regras e limites”, explica Ana Emília.

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