O Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer (IEC), no Rio de Janeiro (RJ), foi destaque em reportagem da Revista Veja Rio, sobre o Programa do Ambulatório de Microcefalia da unidade, inaugurado há 4 meses. O projeto envolve aconselhamento materno, exames de diagnóstico, além de indicações de medicação, tratamentos e terapias complementares. A iniciativa já atendeu 106 crianças.
A equipe médica é composta por neuropediatras, radiologistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e oftalmologistas. Esse trabalho tornou-se referência nacional, reconhecido pelo Ministério da Saúde como modelo a ser seguido no País. “Apesar de a especialização do instituto ser a neurocirurgia, temos condições de dividir a agenda dos consultórios para atender essas famílias ”, explica Paulo Niemeyer Filho, diretor médico do IEC.
O processo de diagnóstico é feito ao longo de etapas: a primeira consiste em cinco consultas, com pediatra, neuropediatra, fisioterapeuta, fonoaudiólogo e assistente social. A segunda envolve os exames de maior complexidade, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, além de testes oftalmológicos e do exame conhecido como Bera — que avalia a resposta cerebral a estímulos auditivos. Na última, as famílias recebem o diagnóstico detalhado, com a orientação sobre quais cuidados serão necessários nos primeiros anos de vida da criança.
A médica Fernanda Fialho, coordenadora da pediatria e responsável pelo projeto destaca que “é importante é que essas pessoas tenham o maior número possível de respostas que as preparem para o que terão pela frente”. Além de dar atendimento, o ambulatório propõe-se a gerar dados científicos sobre a microcefalia provocada pelo zika vírus.
