Hospital Oncológico Infantil alerta para a importância do diagnóstico precoce de Câncer Infantil

O Hospital Oncológico Infantil Octávio Lobo (HOIOL), desde que iniciou suas atividades, em Belém (PA), em 18 de dezembro de 2015, tem buscado conscientizar a comunidade sobre a importância do diagnóstico precoce no tratamento do câncer infantil. Por meio de folheto de orientação e também da Coluna Vida Saudável, publicada em veículos de comunicação da região, a instituição tem buscado conscientizar sobre os cuidados necessários para que a doença seja descoberta o quanto antes e, assim, aumentar as chances de cura da criança.

Segundo a médica oncopediátrica, Laudreisa Pantoja, os pais com filhos menores de 19 anos devem ficar atentos a sinais de que a saúde da criança ou do adolescente não está bem, uma vez que, simples sintomas como febre de origem prolongada, emagrecimento, gânglios que podem surgir por conta de infecções ou não, podem ser indícios de câncer. “Fiquem atentos aos sinais e sintomas perceptíveis em seus filhos. Diferentemente do adulto, na criança a gente não tem como fazer uma prevenção, por isso, a importância da atenção aos pais a esses sinais é fundamental para se chegar ao diagnóstico precoce e melhorar as chances de cura de uma doença oncológica”, adverte a médica.

São casos como o do pequeno G. S., 11 anos. Moradores do município de Parauapebas, região sudeste do estado do Pará, a dona de casa Selisvane Silva teve um grande susto em 2014. Após uma febre forte acompanhada por dor intensa ao lado esquerdo do peito, levou a mãe a procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima da sua casa. “O susto foi muito grande. A médica que atendeu ele, no postinho da minha cidade, quando olhou os exames logo me alertou a vir para Belém, pois o caso era sério. Quando chegamos, meu filho estava quase vindo a óbito e foi direto para UTI com os leucócitos altíssimos” conta.

O filho de dona Selisvane foi diagnosticado com Leucemia e, há um ano e três meses, faz tratamento. Atualmente, ele está em fase de manutenção e segue religiosamente o tratamento, feito com quimioterapia e consultas regulares. “Só eu sei o que passei ao ver meu filho prestes a morrer. Hoje em dia, me mudei para Belém só por conta da saúde dele, e graças a Deus eles está indo muito bem no tratamento”, comemora.

De acordo com a oncopediatra, a doença oncológica na criança e no adolescente é multifatorial. “Os fatores que levam ao câncer são diversos, o que dificulta mais ainda o combate e a prevenção, então, já que a gente não tem como combater o fator em si, o que nos resta fazer é a descoberta do diagnóstico o quanto antes, para melhorar o quadro dessas crianças e ter sucesso no tratamento” explica. 

 

Câncer infantil

Esta semana está sendo marcada mundialmente pela discussão sobre o tema. Afinal, em 15/02, foi o Dia Internacional de Luta contra o Câncer Infantil. Data em que se reflete acerca do tema para a melhor compreensão sobre o que é, como age e as possibilidades de tratamento para esta doença. No Pará, 2,5% dos casos de câncer aparecem em crianças e adolescentes, de até 19 anos. O índice está dentro da média Nacional, que corresponde de 1% a 3%. Os casos mais comuns são as Leucemias, que costumam ser mais frequentes na faixa etária de cinco a dez anos.

A porta de entrada para a descoberta do diagnóstico do câncer são as Unidades Básicas de Saúde. Ao perceber qualquer sintoma suspeito, deve-se procurar um médico, de preferência um pediatra, que solicitará os exames iniciais. Se as suspeitas continuarem, o paciente pode ser encaminhado para o Centro de Atenção à Saúde da Mulher e da Criança (Casmuc), situado no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza (HUBFS/UFPA), em Belém (PA), para uma triagem oncológica, ou após confirmação ou suspeita forte do diagnóstico, a criança deve ser encaminhada para os hospitais de referência.

 

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