Os Doutores da Alegria anteciparam o Carnaval e fizeram a festa nas enfermarias do Hospital Estadual Adão Pereira Nunes (HEAPN), no Rio de Janeiro. O Bloco Seringa Solta, carregando grandes doses de alegria, invadiu os corredores do HEAPN numa explosão de cores, bom humor e muitas marchinhas.
O bloco quebrou a rotina do hospital e interagiu com os colaboradores, acompanhantes e pacientes. Internada à espera de uma cirurgia, Dona Terezinha, viúva de 86 anos, estava no leito quando ouviu a cantoria e foi para o corredor acompanhar. Muito animada, ela puxava o coro das marchinhas. “Isso traz muita alegria para a gente. Eu gosto disso”, disse a paciente.
Quando o Bloco Seringa Solta entrou na Pediatria Clínica, a expectativa era grande. O primeiro a ser visitado foi o Arthur, 10 anos, que estava deitado no leito, e a vizinha dele, a pequena Kemmely, de 2 anos, que no colo da mãe acompanhava atenta. No final do corredor, um grupo de meninas e meninos, com fantasias improvisadas, aguardavam ansiosos.
O pequeno Cláudio Henrique, 10 anos, de peruca colorida, elegeu sua fantasia favorita: “a cigana é mais engraçada e eu gosto dela”. Já o Luan, 9 anos, com bolas feitas de luvas amarradas nos braços, comemorou: “o palhaço do violão e aquele de barba cantaram junto comigo”. A Adriele, de 6 anos, a mais desiniba do grupo, dançou e cantou com os palhaços. “Eu sei cantar direitinho igual a Ivete”, disse a menina.
A coordenadora do grupo Doutores da Alegria no Rio, Silvia Contar, explicou que esse trabalho na época do Carnaval vem sendo desenvolvido há seis anos e exige um treinamento para a apresentação nos hospitais. “Em alguns locais, o volume do som tem que ser baixo, mas a alegria dos pacientes ‘grita’ em sorrisos”, destacou.
Segundo Ricardo Coelho, diretor de Enfermagem do HEAPN, esse tipo de atividade é sempre positiva. “Os pacientes cantam, se divertem e ficam motivados, o que é muito importante para o tratamento e a recuperação de cada um deles”.
