A III Jornada de Defesa das Monografias da Residência Multiprofissional do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua (PA), foi realizada esta semana, nos dias 27 e 28/01. Organizado pelo Departamento de Ensino e Pesquisa, o evento contou com a defesa de seis residentes concluintes, sendo: dois de fisioterapia, um de psicologia, um de fonoaudiologia, um de terapia ocupacional e um de enfermagem. Os trabalhos abordaram temáticas sobre Urgência e Emergência do Trauma, Pacientes Ortopédicos, Tecnologias Assistivas e Ventilação Mecânica. Bancas, compostas por três professores universitários de cada área analisaram as monografias.
De acordo com o coordenador de Ensino e Pesquisa do HMUE, Leonardo Costa, o nível dos trabalhados apresentados foi excelente. As pesquisas foram realizadas internamente no Hospital Metropolitano, no qual os residentes foram a campo para realização do trabalho. Após esse processo, os trabalhos de conclusão de curso serão transformados em artigos científicos para publicação em revistas nacionais e internacionais.
A Residência Multiprofissional do hospital escola tem um total de 5.760 de horas aulas divididas entre atividades teórico-práticas. A parte teórica é composta do eixo comum, feito em parceria com a Universidade do Estado do Pará (UEPA). Já o eixo específico trata da demanda do Hospital que é um estabelecimento de saúde de média e alta complexidades, referência em atendimento de urgência e emergência em trauma e queimados. Na parte prática o residente conhece e acompanha o trabalho da área assistencial do Hospital Metropolitano, com a orientação de preceptores de cada curso. “A importância da Residência Multiprofissional é a de contribuir com o Hospital Metropolitano desenvolvendo pesquisas de caráter nacional, mostrando a pesquisa cientifica do HMUE para o nosso país”, explicou Leonardo Costa.
A residente da área de fisioterapia, Paula Esteves desenvolveu em seu trabalho uma avaliação com pacientes que apresentaram fratura de fêmur no período de março e novembro de 2015. A pesquisa foi aplicada nas Clínicas Ortopédicas e Clínicas Cirúrgicas do Hospital Metropolitano. A conclusão foi de que as fraturas diafisárias geram alterações funcionais e na rotina do paciente e da família ao seu redor. “O Hospital Metropolitano foi uma escola. Aprendi muito, com casos únicos. Observamos situações diferentes diariamente. E cada trauma tem uma particularidade”, analisou Paula.
Participante da banca examinadora do trabalho de Paula Esteves, o coordenador do curso de fisioterapia da Universidade da Amazônia (UNAMA), Erielson Bossini definiu a pesquisa como de grande importância para o estudo desses problemas na Amazônia. “O programa de Pós-Graduação do Hospital Metropolitano é de fundamental importância para o desenvolvimento do Estado. Aqui se está formando profissionais qualificados, trazendo informações relevantes para o processo da avaliação fisioterapêutica”, opinou. O professor da Universidade do Estado do Pará (UEPA), George Dias também compôs a banca e definiu: “o Hospital Metropolitano é referência para o Estado. Então, a fisioterapia em um trauma de urgência e emergência vem a somar, mostrando como está a situação desses pacientes aqui na nossa região”, informou.
Hospital Escola
Desde 2012 o HMUE organiza suas atividades de ensino e pesquisa, servindo de campo de estágio curricular obrigatório para acadêmicos e residentes das Universidades Públicas e Privadas conveniadas, assim como hospitais de ensino.
O primeiro programa de residência ofertado no hospital foi a Residência Multiprofissional, com a disponibilidade de seis vagas anuais em cinco categorias profissionais, sendo elas: Fisioterapia (duas vagas); Enfermagem (uma vaga), Terapia Ocupacional (uma vaga), Fonoaudiologia (uma vaga) e Psicologia (uma vaga). Em fevereiro de 2016, o HMUE já terá formado 17 residentes multiprofissionais. Já nas áreas de Cirurgia Geral, Ortopedia e Traumatologia, Cirurgia do Trauma e Medicina de Urgência, o HMUE iniciou o programa de residência em 2014, no qual em 2016, terão os primeiros concluintes da turma de Cirurgia Geral.
Unidade pública e gratuita pertencente ao Governo do Pará, o hospital é gerenciado pela Pró-Saúde – Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar sob contrato de gestão com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESPA).
